La La Land, filme americano lançado em 2016 que é um dos mais fortes concorrentes ao Oscar desse ano, com nada menos que 14 indicações - igualmente a Titanic (1997) e A Malvada (1950). Localizado em Los Angeles, Sebastian (interpretado por Ryan Gosling) é um pianista apaixonado por jazz que luta para manter o estilo musical vivo e em sua mais original versão. Seu sonho é abrir um clube de Jazz e poder finalmente deixar seu trabalho de tocar músicas natalinas em bares. Mia (vivida por Emma Stone), por outro lado, pouco sabe sobre tal ritmo, mas a atriz aspirante apaixona-se por Sebs e pela música. Esse amor, entretanto, passará por várias situações de risco, uma vez que os pombinhos precisam seguir caminhos separados para tornarem seus sonhos realidade.
O cineasta responsável pelo roteiro e direção do longa é Damien Chazelle, que trouxe não somente os principais elementos da chama do Jazz, mas também dos musicais que marcaram o século passado. Se você é um fã de filmes cantantes e dançantes, La La Land pode ser a pedida perfeita para resgatar todos os bons sentimentos que há tempos não eram entregues no mercado do cinema – ao menos não com tal qualidade. O longa parece ter sido milimetricamente calculado para o Oscar de tão pensado e "a cara da Academia" que é.
Além disso, ainda comprova o quão completa é Emma Stone como artista. Para alguém que já trabalhou em comédias, filmes de heróis e romances, concretizou-se também como uma excelente cantora e performer, que realizou números dignos de uma peça musical das grandes casas de espetáculos. Ryan, mesmo um tanto ofuscado pela sua contracenante, também demonstra um trabalho firme em suas atuações e mesmo nos passinhos de dança, valendo a pena relembrar uma apresentação de sua infância. Os dois em conjunto são belos, finíssimos.
Aos amantes de uma boa fotografia, as brincadeiras de Linus Sandgren com as cores e cenários chama a atenção. Seja entre os tons brilhantes e multicoloridos de cenas específicas, seja o truque das sombras para destacar momentos especiais do casal protagonista, é tudo bem trabalhado para harmonizar com a história e as emoções dos personagens, assim como forçar o público a sentir o mesmo.
Sentir na pele o nervosismo de um fã de jazz vendo a sua paixão morrer e ver-se incapaz de fazer algo a respeito – mesmo quando nada conhecemos do estilo, ainda é possível compreender seus pensamentos. Sentir as incertezas daqueles que, em um momento estão felizes pelas realizações de seus planos, mas por outro lado, encontram-se em um dilema carregado pelos desencantos da vida real: nem tudo é do jeito que queremos e, as vezes, precisamos abrir mão de algumas coisas para dar espaço à novas.
La La Land é, portanto, mais próximo da nossa realidade do que muitos outros filmes românticos recentes. Mesmo com seu apelo emocional clichê, toda a atmosfera índole é estritamente trabalhada para que o roteiro não beire o raso, mas sim transborde de conteúdo e qualidade. Com um show musical, cenográfico e de texto, não é chocante o destaque que esteja recebendo nas importantes premiações, e sim válido. Se o Globo de Ouro já foi muito, o Oscar trará ainda mais vitórias ao filme que, em poucos anos, será chamado de clássico.
A 89ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, popularmente chamado de Oscar 2017, ocorre em 26 de fevereiro. Até lá, é possível conferir La La Land e outros concorrentes ao grande prêmio em algumas redes de cinemas no Brasil.
2 Comentários
O Filme parece ser bom, uma pena que não curto muito filmes assim! Adorei seu blog Karol! Estarei aqui mais vezes! Vim te convidar para dar uma passadinha no meu blog novo! ficarei feliz com sua presença.. Beijos! ^.^
ResponderExcluirhttp://blog-diamondheart.blogspot.com.br/
Apesar de não ser meu tipo preferido de filme, até que passei a gostar mais de musicais nos últimos meses e La La Land é ótimo!
ExcluirObrigada por todo o carinho, passarei lá para dar uma olhada, ok?
Beijos!