Para alguém como eu, que embora não tenha conhecimentos aprofundados sobre o universo dos heróis, mas que cresceu assistindo à série animada da Liga da Justiça pela televisão aberta e atualmente consome os filmes e seriados solos de seus integrantes com muito entusiasmo, esta era uma das estrias mais aguardadas do ano (ao lado de Mulher-Maravilha e Star Wars VIII) dentro deste contexto que podemos chamar de "nerd".
Sequer é necessário ser fã de quadrinhos para compreender a influência que a Liga da Justiça possui e o quão relevante é esse momento de união entre os maiores heróis da DC no cinema, que já está sendo introduzida desde a estreia de O Homem de Aço, em 2013, que apresentava o galã britânico Henry Cavill como novo intérprete oficial do icônico kryptoniano Kal-el, o famoso Super-Homem.
Dentro deste período de aproximadamente quatro anos, conhecemos ainda Ben Affleck como Bruce Wayne, o homem morcego, e Gal Gadot como a maravilhosa Mulher-Maravilha. Entretanto, ainda faltavam muitos nomes para completar a turma, e o primeiro filme da Liga da Justiça nos introduz a novos três companheiros de batalha: Ciborgue, Aquaman e Flash, interpretados por Ray Fisher, Jason Momoa e Ezra Miller, respectivamente.
Embora meu coração de fã tanto do personagem Barry Allen quanto do ator Ezra Miller me impulsione a dizer que este mereça o maior destaque do longa por seu magnífico alívio cômico que é muito bem colocado em cena não apenas por uma meia duzia de falas engraçadas, mas pela própria atuação corporal e de expressões faciais que o ator deposita no personagem, vivendo-o plenamente e em sua melhor forma (superior a Grant Gustin, do seriado televisivo, embora a culpa do fracasso do personagem em sua própria série seja dos erros de enredo, e não do ator como muitos insistem em dizer), estaria sendo injusta com Momoa, que trouxe uma apresentação de Aquaman tão estupenda que já nos deixa ansiosos para seu filme solo: digam adeus àquela imagem zoada que o personagem carregava. Seu novo comportamento radical promete, mas pode decepcionar se não for tão "não recomendável para menores de dezoito" como os longas de Deadpool e Logan.
Ciborgue, o mais subestimado de todos, conquista seu público tanto pela excelente performance de Ray Fisher no papel como por sua devida importância para a sequência de acontecimentos que conduz a narrativa. Conveniente ao valor de sua participação para o desfecho, acaba sendo, dentre os novos personagens, o que tem sua história pré-Liga melhor aprofundada no decorrer do filme, deixando ainda muito a ser contado em seu filme solo - que aguardamos com ansiedade.
Ciborgue, o mais subestimado de todos, conquista seu público tanto pela excelente performance de Ray Fisher no papel como por sua devida importância para a sequência de acontecimentos que conduz a narrativa. Conveniente ao valor de sua participação para o desfecho, acaba sendo, dentre os novos personagens, o que tem sua história pré-Liga melhor aprofundada no decorrer do filme, deixando ainda muito a ser contado em seu filme solo - que aguardamos com ansiedade.
A ligação entre os filmes desta linha temporal cinematográfica se dá por algumas referências a conteúdo já apresentado em outros longas do mesmo universo, principalmente "Mulher-Maravilha" e "Batman vs Superman", os mais recentes da franquia DCU, reaproveitando falas ou incorporando citações que encaixam-se com plenitude à nova trama graças a Chris Terrior e Joss Whedon, roteiristas da obra, além do grande mestre Zack Snyder com sua história.
Esses três nomes são os principais responsáveis pelo enredo incrível em que os heróis funcionam bem tanto separados, com suas vidas "não-Liga", mas que funcionam ainda melhor juntos, com um trabalho em equipe que transparece todo o cuidado tomado durante a produção do texto, criando problemáticas em que todos sejam capazes de ajudar com seus poderes, habilidades especiais ou com aquele meio que todos nós gostaríamos de possuir: dinheiro.
Mais do que uma oportunidade de apresentar o introduzir personagens que ainda não receberam filme pela DCU, exibir os potenciais dos mesmos ou simplesmente acalmar os fãs dando-lhes a tão aguardada união dos "superamigos", esse encontro representa ainda um novo espaço para explorar a personalidade em uma fase mais comunicativa do trio já conhecido.
Batman, carregado pela culpa de ter matado Superman em "Batman vs Superman", precisa, primeiramente, desenvolver-se como Bruce Wayne para enfim ser capaz elevar sua competência como herói. Nesse caminho em que torna-se mais sociável, ganha ainda uma nova habilidade, o sarcasmo, que acaba causando mais tensão emocional entre os protagonistas, mas que envolve o público pelo gosto geral por um climão em cena.
A importância do trabalho em equipe caracteriza os personagens de Liga da Justiça, assim como o bem comum dita suas ações ao longo da trama, que acaba girando em torno da necessidade de trazer Superman de volta a vida, visto que um grande perigo eminente pode não ser contido apenas com os cinco. No momento em que o até então quinteto clama pelo retorno do deus alienígena, para, de uma vez por todas, tornarem-se o grupo mais poderoso da história, a jornalista Louis Lane é mais relevante do que você possa imaginar.
Os efeitos especiais continuam com um ar de vídeo-game, bem semelhante à franquia de jogos Injustice, mas a evolução desde os anteriores é bem clara, principalmente nas cenas de lutas, dinâmicas e bem coreografadas, mas possíveis de se acompanhar: pelo menos foram deixados de lado os excessivos slow-motions adotados em Mulher-Maravilha.
Danny Elfman fez ainda um excelente trabalho com a trilha sonora, referenciando a Batman (1989) com "Batman on the Roof" e a criação de Hans Zimmer e Junkie XL para Mulher-Maravilha, embora em uma versão reformulada que ganha sutileza. Destaque a "Justice League United", obviamente, e ainda a "Anti-Hero's Theme", que representam bem o marco de uma nova fase para a DC, reformando inclusive a sua sonoridade.
E já que esse blog fala tanto de K-POP, como deixar de lado o presente recebido pelos fãs do estilo musical durante o filme? A música "As If It's Your Last", de Blackpink, foi tocada logo ao início do filme em uma cena de diálogo entre Bruce e Barry. Tem zero ligação com o enredo, com a DC ou com qualquer outra coisa que se possa imaginar. Pode não fazer sentido, mas também não atrapalha: é apenas uma música que tocou no momento em que os televisores do esconderijo tecnológico de Barry foram ligados, deixando no ar que, talvez, nesse universo, o personagem seja um k-popper de plantão - vocês já viram o Ezra Miller dançando essa música em uma entrevista na Coreia do Sul? Épico é apelido.
Tão épico quanto os vestígios deixados na trama, insinuadores de que novos integrantes possam se juntar à Liga nos próximos filmes. Uma referência, em especial, dura menos que cinco segundos em cena e foi suficiente para levar toda uma sessão à loucura. Mas não adianta ficar ansioso pelo futuro da Liga da Justiça nas grandes telas sem antes assistir a este primeiro filme: o resultado final é maravilhoso e merece a pena ser conferidos nos cinemas - e depois em casa, para o resto da vida. Então sim estará preparado para os filmes de Aquaman, Flash, Ciborgue, Lanterna Verde e, se minhas preces forem ouvidas, Mulher-Gavião. Que época ótima para se estar viva!
Esses três nomes são os principais responsáveis pelo enredo incrível em que os heróis funcionam bem tanto separados, com suas vidas "não-Liga", mas que funcionam ainda melhor juntos, com um trabalho em equipe que transparece todo o cuidado tomado durante a produção do texto, criando problemáticas em que todos sejam capazes de ajudar com seus poderes, habilidades especiais ou com aquele meio que todos nós gostaríamos de possuir: dinheiro.
Mais do que uma oportunidade de apresentar o introduzir personagens que ainda não receberam filme pela DCU, exibir os potenciais dos mesmos ou simplesmente acalmar os fãs dando-lhes a tão aguardada união dos "superamigos", esse encontro representa ainda um novo espaço para explorar a personalidade em uma fase mais comunicativa do trio já conhecido.
A importância do trabalho em equipe caracteriza os personagens de Liga da Justiça, assim como o bem comum dita suas ações ao longo da trama, que acaba girando em torno da necessidade de trazer Superman de volta a vida, visto que um grande perigo eminente pode não ser contido apenas com os cinco. No momento em que o até então quinteto clama pelo retorno do deus alienígena, para, de uma vez por todas, tornarem-se o grupo mais poderoso da história, a jornalista Louis Lane é mais relevante do que você possa imaginar.
Os efeitos especiais continuam com um ar de vídeo-game, bem semelhante à franquia de jogos Injustice, mas a evolução desde os anteriores é bem clara, principalmente nas cenas de lutas, dinâmicas e bem coreografadas, mas possíveis de se acompanhar: pelo menos foram deixados de lado os excessivos slow-motions adotados em Mulher-Maravilha.
Danny Elfman fez ainda um excelente trabalho com a trilha sonora, referenciando a Batman (1989) com "Batman on the Roof" e a criação de Hans Zimmer e Junkie XL para Mulher-Maravilha, embora em uma versão reformulada que ganha sutileza. Destaque a "Justice League United", obviamente, e ainda a "Anti-Hero's Theme", que representam bem o marco de uma nova fase para a DC, reformando inclusive a sua sonoridade.
Tão épico quanto os vestígios deixados na trama, insinuadores de que novos integrantes possam se juntar à Liga nos próximos filmes. Uma referência, em especial, dura menos que cinco segundos em cena e foi suficiente para levar toda uma sessão à loucura. Mas não adianta ficar ansioso pelo futuro da Liga da Justiça nas grandes telas sem antes assistir a este primeiro filme: o resultado final é maravilhoso e merece a pena ser conferidos nos cinemas - e depois em casa, para o resto da vida. Então sim estará preparado para os filmes de Aquaman, Flash, Ciborgue, Lanterna Verde e, se minhas preces forem ouvidas, Mulher-Gavião. Que época ótima para se estar viva!
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