Scott Ward (Will Smith) é um policial de Los Angeles que se junta a um policial Orc, Nick Jakoby (Joel Edgerton) em um mundo onde criaturas humanas e míticas vivem não tão harmonicamente, mas que piora sua situação quando uma elfa, Tikka, interpretada por Lucy Fry, e uma varinha mágica são encontradas.
A ideia, a princípio, pode parecer ruim ou causar estranheza, mas misturar narrativas de comédias policiais ao universo mágico de uma ficção científica bem elaborada acabou dando mais do que certo. O longa diverte com os elementos cômicos que são adicionados à trama, dado, principalmente, por diálogos entre os personagens de Will e Joel, que se dão bem embora as nítidas diferenças de suas espécies, mas seu principal atrativo acaba sendo a tensão.
Do início ao fim, a correria, pancadaria e tiroteios não deixam o espectador tirar os olhos da tela. É extremamente convidativa a ideia de humanos e orcs se unirem para defender um elfo a ponto de traírem seus iguais com ideologias distintas. Uma referência subliminar às minorias sócio-culturais, talvez? Sempre importante falar sobre preconceito, e o enredo aborda o assunto com sutileza e maestria.
Mas toda essa rapidez e agilidade que a trama transparece é exatamente proposital e proporcional ao principal objetivo que sustenta o enredo: tudo se passa em apenas uma noite. O filme de aproximadamente 117 minutos de duração, créditos inclusos, parece correr em menos de uma hora com tamanha dispersão da realidade que causa. O tempo voa com Bright.
Dav Ayer já havia trabalhado com Will Smith anteriormente, em Esquadrão Suicida, filme do universo cinematográfico da DC que foi lançado em 2016, e, embora muito criticado, conseguiu conquistar uma parcela de seus espectadores, eu inclusa, tanto pelo enredo, personagens, time de atores, efeitos especiais, trilha sonora e maquiagem ganhadora de Oscar.
Bright não fica para trás. Essa superprodução orçada em US$ 90 milhões é a aposta da Netflix para o Oscar, com chances reais de repetir o prêmio de Esquadrão Suicida pela caracterização de personagens como Nick e Tikka, que destacam-se em meio aos humanos por sua maquiagem excepcional - além, claro, de atuações impecáveis. A garota, principalmente, demonstra bem o que estar perdida entre dois mundos, não pertencendo a nenhum. Seu olhar místico traz todo um diferencial a atuação, colaborando com o resultado final que só poderia ser positivo.
Os efeitos especiais também deixam suas marcas registradas na produção repleta de magia e criaturas mágicas. A explosão de cores e luzes em determinadas cenas ganham relevância em meio ao majoritário breu de uma Los Angeles noturna, assim como as pequenas fadinhas de presença um tanto desagradável que co-habitam a cidade e recebem tratamento semelhante ao que damos a insetos.
Mas não são só os efeitos visuais que agradam, os sonoros merecem mérito próprio por seus tiros estrondosos, embora a sala da Cinemark na CCXP também tenha alguma influência nisso. Varinhas e fadas também soam bem graças ao time responsável.
A trilha sonora do longa, com músicas de Bebe Rexha, Future, Ty Dolla Sign e Marshmell, é responsável pela construção de parte do clima de Bright, mas o destaque sonoro fica com a música Orc romântica, que além de conquistar risos do público expõe o quanto foi bem trabalhada a suprarrealidade deste filme.
Não são apresentadas apenas as criaturas, mas seus idiomas próprios e parte da cultura dos orcs, elfos e até mesmo das fadas. Bright pode ter um ritmo rápido, mas isso não significa que trate com superficialidade seus personagens, aprofundando-se em cada um deles na medida do possível, transmitindo ao público mais destes que podem voltar a aparecer em uma continuação do filme, se os desejos de Will Smith quanto a um "Bright 2" forem levados em consideração.
Bright foi um bom filme que conseguiu fazer bom proveito de todos os elementos apresentados em cena. Ainda há conteúdo a ser explorado neste universo bem elaborado, e talvez seja uma boa ideia dar continuidade ao trabalho em um novo filme, mas, por enquanto, ficamos contentes com o desfecho competente. Será que vem Oscar?
A ideia, a princípio, pode parecer ruim ou causar estranheza, mas misturar narrativas de comédias policiais ao universo mágico de uma ficção científica bem elaborada acabou dando mais do que certo. O longa diverte com os elementos cômicos que são adicionados à trama, dado, principalmente, por diálogos entre os personagens de Will e Joel, que se dão bem embora as nítidas diferenças de suas espécies, mas seu principal atrativo acaba sendo a tensão.
Do início ao fim, a correria, pancadaria e tiroteios não deixam o espectador tirar os olhos da tela. É extremamente convidativa a ideia de humanos e orcs se unirem para defender um elfo a ponto de traírem seus iguais com ideologias distintas. Uma referência subliminar às minorias sócio-culturais, talvez? Sempre importante falar sobre preconceito, e o enredo aborda o assunto com sutileza e maestria.
Mas toda essa rapidez e agilidade que a trama transparece é exatamente proposital e proporcional ao principal objetivo que sustenta o enredo: tudo se passa em apenas uma noite. O filme de aproximadamente 117 minutos de duração, créditos inclusos, parece correr em menos de uma hora com tamanha dispersão da realidade que causa. O tempo voa com Bright.
Dav Ayer já havia trabalhado com Will Smith anteriormente, em Esquadrão Suicida, filme do universo cinematográfico da DC que foi lançado em 2016, e, embora muito criticado, conseguiu conquistar uma parcela de seus espectadores, eu inclusa, tanto pelo enredo, personagens, time de atores, efeitos especiais, trilha sonora e maquiagem ganhadora de Oscar.
Bright não fica para trás. Essa superprodução orçada em US$ 90 milhões é a aposta da Netflix para o Oscar, com chances reais de repetir o prêmio de Esquadrão Suicida pela caracterização de personagens como Nick e Tikka, que destacam-se em meio aos humanos por sua maquiagem excepcional - além, claro, de atuações impecáveis. A garota, principalmente, demonstra bem o que estar perdida entre dois mundos, não pertencendo a nenhum. Seu olhar místico traz todo um diferencial a atuação, colaborando com o resultado final que só poderia ser positivo.
Os efeitos especiais também deixam suas marcas registradas na produção repleta de magia e criaturas mágicas. A explosão de cores e luzes em determinadas cenas ganham relevância em meio ao majoritário breu de uma Los Angeles noturna, assim como as pequenas fadinhas de presença um tanto desagradável que co-habitam a cidade e recebem tratamento semelhante ao que damos a insetos.
Mas não são só os efeitos visuais que agradam, os sonoros merecem mérito próprio por seus tiros estrondosos, embora a sala da Cinemark na CCXP também tenha alguma influência nisso. Varinhas e fadas também soam bem graças ao time responsável.
A trilha sonora do longa, com músicas de Bebe Rexha, Future, Ty Dolla Sign e Marshmell, é responsável pela construção de parte do clima de Bright, mas o destaque sonoro fica com a música Orc romântica, que além de conquistar risos do público expõe o quanto foi bem trabalhada a suprarrealidade deste filme.
Não são apresentadas apenas as criaturas, mas seus idiomas próprios e parte da cultura dos orcs, elfos e até mesmo das fadas. Bright pode ter um ritmo rápido, mas isso não significa que trate com superficialidade seus personagens, aprofundando-se em cada um deles na medida do possível, transmitindo ao público mais destes que podem voltar a aparecer em uma continuação do filme, se os desejos de Will Smith quanto a um "Bright 2" forem levados em consideração.
Bright foi um bom filme que conseguiu fazer bom proveito de todos os elementos apresentados em cena. Ainda há conteúdo a ser explorado neste universo bem elaborado, e talvez seja uma boa ideia dar continuidade ao trabalho em um novo filme, mas, por enquanto, ficamos contentes com o desfecho competente. Será que vem Oscar?
2 Comentários
Adorei o filme. É realmente um dos filmes que mais gostei este ano.
ResponderExcluirO filme é incrível mesmo, Alessandro!
ExcluirNetflix mandou muito bem nessa produção.