Dramas coreanos e k-pop são duas coisas que eu adoro, quando elas se misturam, então, é melhor ainda. Part-Time Idol é um drama da SBS que teve seus cinco episódios exibidos pela rede televisiva em 2017 e, agora, encontra-se disponível na Netflix para ser prestigiado por fãs de todo o mundo.
Com seu elenco totalmente formado por artistas da YG Entertainment, o drama é uma paródia da própria gravadora, apresentando a volta do popular CEO que produziu grupo como 2NE1 e Big Bang e, agora, está trabalhando no lançamento de um grupo unissex com trainees pouco convencionais e cheios de problemas que estavam prestes a serem demitidos.
Kwon Hyun Bin, atual membro do JBJ, e Lee Soo Hyun, vocalista do dueto AKMU, são os protagonistas do time, acompanhados de outros talentos como Kim Hee Jung, Hwang Seung Eon e Kwon Young Deuk que, juntos, enfrentarão seus demônios para realizarem o sonho de se tornarem cantores famosos. Para isso, precisarão do apoio de Jeong Tae Kyung (interpretado por Kim Min Kyo), um misterioso e carismático CEO que promete ajudá-los a supera obstáculos como o medo de palco ou a perda pós-traumática de capacidade vocal.
Os métodos são, entretanto, um pouco estranhos, embora eficientes, o que acaba dando um ar um pouco mais cômico ao drama que, na verdade, já é uma comédia musical. Para quem gosta de grupos de pop coreano, as referências são um quê a mais para a experiência de assistir a Part-Time Idol, que sempre cita nomes famosos e até mesmo conta com pequenas participações especiais, como a Jisoo, do Blackpink.
Por tratar da carreira musical e como é o cotidiano de artistas em treinamento exaustivo para atuarem na indústria do K-POP, acaba trazendo um pouco do espírito de Dream High, inclusive com uma boa trilha sonora original que está até disponível no Spotify para quem quiser ouvir, mas com um toque um pouco mais realista que o considerado clássico de 2011, enfatizando os problemas extrínsecos, relacionados à empresa, e pessoais, de seu próprio desenvolvimento como artista, mais do que intrigas entre trainees.
Às vezes, eles mesmos ou suas próprias empresas acabam sendo o principal obstáculo em sua jornada rumo a uma estreia de sucesso, e o drama não peca ao mostrar com riqueza situações prováveis e não tão incomuns que podem rodear a vida dos pré-artistas. O importante para Part-Time Idol é mostrar que nem tudo são flores, mas que com o esforço certo para superar os próprios medos e contratempos externos, tudo valerá a pena.
O romance é presente e não passa despercebido, mas não chega a roubar a cena. Garante espaço suficiente para enfatizar a sua importância dentro da temática que segue segura, mostrando um lado mais humano dos artistas que, na maioria das vezes, são proibidos de manterem relacionamentos amorosos. Este é um assunto que ainda precisa e muito ser conversado para evitar que continue a acontecer, e o drama consegue tratá-lo com uma boa dose de sensibilidade sem perder o chão ou o ritmo da narrativa.
Part-Time Idol mistura o melhor de dois mundos e, disponível na Netflix, merece ser assistido e colaborar para que o serviço de streaming continue recheando seu catálogo com dramas coreanos tão incríveis quanto este.
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