Seu novo trabalho estreou nos cinemas no último 08 de março e nos leva a um cenário pra lá de brasileiro: uma viagem de última hora para curtir o feriado de ano novo na praia, mas com tudo para dar errado - e que, de fato, dá. Com muitas confusões, desentendimentos e estresse, os quatro colegas de trabalho (Lima, Alexandre, Rocha e Diguinho) e seus familiares precisam de muita paciência e bom-humor para conseguir sobreviver a essa infernal virada de ano.
Se você é o típico cinéfilo cult que não curte comédias cotidianas, esse filme não é para você, mas deixa uma indiretinha conforme quebra a quarta parede com paródia a "Minha Mãe é uma Peça" para dar um recado a quem reclama das comédias nacionais, com um toque bem-humorado, autocrítico, autoconsciente e de uma sacada sensacional do diretor que basicamente grita que "comédia nacional é putaria e palavrão sim, mas também é retrato da sociedade brasileira e crítica."
Mas se você é o tipo de pessoa que lembra aos risos de como o programa do feriado passado deu errado, Os Farofeiros é feito sob medida para você. Engarrafamentos, casa abandonada, ataques de mosquitos e superlotação na praia são apenas alguns dos problemas vivenciados pelos personagens, mas é tudo passado de uma forma tão hilária que, mesmo com os exageros narrativos, a trama consegue ativar aquela ponta de identificação em algumas situações.
Se você é o típico cinéfilo cult que não curte comédias cotidianas, esse filme não é para você, mas deixa uma indiretinha conforme quebra a quarta parede com paródia a "Minha Mãe é uma Peça" para dar um recado a quem reclama das comédias nacionais, com um toque bem-humorado, autocrítico, autoconsciente e de uma sacada sensacional do diretor que basicamente grita que "comédia nacional é putaria e palavrão sim, mas também é retrato da sociedade brasileira e crítica."
Mas se você é o tipo de pessoa que lembra aos risos de como o programa do feriado passado deu errado, Os Farofeiros é feito sob medida para você. Engarrafamentos, casa abandonada, ataques de mosquitos e superlotação na praia são apenas alguns dos problemas vivenciados pelos personagens, mas é tudo passado de uma forma tão hilária que, mesmo com os exageros narrativos, a trama consegue ativar aquela ponta de identificação em algumas situações.
Cacau Protássio (The Noite, Vai que Cola) é sem sombra de dúvidas o grande destaque de atuação com seu carisma e brilho natural, que colaboram em trazer força à personagem durona, sarcástica e sem paciência, mas ainda a mais divertida do elenco. Contrasta com Danielle Winits, cujo trabalho apresenta-se menos natural, com expressões mais forçadas, mas que ainda consegue entregar uma digna perua pronta a colocar a casa abaixo conforme seus planos para o feriado despencam drasticamente.
Nos personagens, ainda, apresenta alguns estereótipos comuns e nada inovadores como a barraqueira, a madame, o certinho, o festeiro, a bonitona, a pacífica e por aí vai, sendo essa reunião de inúmeras personalidades diferentes um dos principais pontos humorísticos do enredo que, embora a estereotipação seja um recurso criticado por muitos, consegue ser mais realista e desviar de certos preconceitos.
Continua batendo na tecla da representação sexualizada da mulher com a personagem de Aline Riscado, com "corpo de verão", cenas em câmera lenta e de homens comprometidos babando em sua beleza, mas rebate a sua própria objetificação ao adicionar um homem em situações idênticas, até mesmo da reação feminina quanto a sensualidade do personagem secundário, como se estivesse se autocriticando ou, pelo menos, tentando recompensar de uma maneira que, embora possa parecer esquisita, até que tem lá seu certo sentido em um filme narrado numa praia.
Ao seu modo, acaba por representar a famosa "farofada praieira" brasileira com um humor que pode não ser apreciado por todos, mas que carrega a dose de cultura nacional e de consciência de que o nosso cinema comercial de comédia é apenas um retrato do próprio brasileiro, afinal. Sem preconceitos, Os Farofeiros é um filme que vale a pena assistir de mente aberta e aproveitar o tempo para rir um pouco, se divertir e apontar nossas semelhanças com o filme.
O que não cabe é julgá-lo do mesmo modo que faríamos com uma obra independente francesa, por exemplo. Cada filme, cada criação, possui seu objetivo e público específico, e portanto devem ser avaliados pelo o que eles querem/conseguem passar, e não pelo o que se esperaria que ele passasse comparado a uma obra de outro mercado. Como filme de comédia cotidiana, cumpre sua missão com maestria e ainda ri das próprias críticas por antemão.
Se interessou? Confira o trailer abaixo e corra para o cinema mais próximo enquanto ainda é tempo!
Nos personagens, ainda, apresenta alguns estereótipos comuns e nada inovadores como a barraqueira, a madame, o certinho, o festeiro, a bonitona, a pacífica e por aí vai, sendo essa reunião de inúmeras personalidades diferentes um dos principais pontos humorísticos do enredo que, embora a estereotipação seja um recurso criticado por muitos, consegue ser mais realista e desviar de certos preconceitos.
Continua batendo na tecla da representação sexualizada da mulher com a personagem de Aline Riscado, com "corpo de verão", cenas em câmera lenta e de homens comprometidos babando em sua beleza, mas rebate a sua própria objetificação ao adicionar um homem em situações idênticas, até mesmo da reação feminina quanto a sensualidade do personagem secundário, como se estivesse se autocriticando ou, pelo menos, tentando recompensar de uma maneira que, embora possa parecer esquisita, até que tem lá seu certo sentido em um filme narrado numa praia.
Ao seu modo, acaba por representar a famosa "farofada praieira" brasileira com um humor que pode não ser apreciado por todos, mas que carrega a dose de cultura nacional e de consciência de que o nosso cinema comercial de comédia é apenas um retrato do próprio brasileiro, afinal. Sem preconceitos, Os Farofeiros é um filme que vale a pena assistir de mente aberta e aproveitar o tempo para rir um pouco, se divertir e apontar nossas semelhanças com o filme.
O que não cabe é julgá-lo do mesmo modo que faríamos com uma obra independente francesa, por exemplo. Cada filme, cada criação, possui seu objetivo e público específico, e portanto devem ser avaliados pelo o que eles querem/conseguem passar, e não pelo o que se esperaria que ele passasse comparado a uma obra de outro mercado. Como filme de comédia cotidiana, cumpre sua missão com maestria e ainda ri das próprias críticas por antemão.
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