Com as questões de gênero, protagonismo feminino e feminismo em alta, a Netflix soube homenagear o público em uma estratégia de marketing muito inteligente e agradável ao liberar a segunda temporada de Jessica Jones, sua heroína da parceria com a Netflix, em pleno 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Não foi só da boca pra fora: Jessica, como já conhecemos da primeira temporada de sua série solo e da parceria com outros heróis não-convencionais da Marvel para Os Defensores, é uma mulher forte (em ambos sentidos da palavra), com uma personalidade espontânea, humor único e de grande representação de problemas de mulheres reais, enfrentando um vilão possessivo, controlador e abusivo como muitas de nós já sentimos na pele. A diferença é que não temos superforça, ao contrário de Jessica, mas a nossa verdadeira força está em nossa mente, não em nossos punhos, e a série é ótima em enfatizar isso.
Divulgação/Netflix |
E é por essa pegada mais relacionada com a vida real que a segunda temporada continua a seguir. Dessa vez, Jessica não precisa lidar com pessoas controlando seus pensamentos e ações, mas encontra-se necessitada de descobrir mais sobre si mesma, investigando então seu próprio passado em busca de respostas sobre a origem de seus poderes, mas as respostas podem ser tão traumáticas quanto o que foi forçada a esquecer nos últimos dezessete anos. Nesse caminho, o preconceito também se torna pauta frequente.
Para a ficção e fantasia, faz uso dos superpoderes e força sobre-humana em suas personagens - dessa vez, não só em Jessica ou seu vilão, mas em uma nova leva de personagens que vão eventualmente aparecendo nos episódios, confirmando uma das teorias tiradas a partir do trailer oficial, conforme publicação anterior no Elfo Livre. Dessa lista, é possível verificar muitas coisas na série, assim como alguns aspectos apresentados são, na verdade, muito mais profundos do que a impressão deixada no pequeno vídeo e, outros, completamente descartados, mas valeu o jogo de poder dizer "ha, eu sabia disso!" para enaltecer o ego de fã.
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Além da jornada da protagonista por sua autodescoberta, o time de personagens secundários ganham destaque para aprimorar a profundidade e complexidade da série, colocando Patsy e sua relação com Jessica em uma situação deveras desagradável, porém muito promissora para a segunda temporada, enquanto o assistente Malcolm também ascende, cada vez mais interessado em alavancar sua vida profissional no mercado das investigações.
Novos personagens também são apresentados, como esperado, e a maioria é relacionada ao círculo de Jones, trazendo novos problemas para a personagem mas, em alguns momentos, também recheando a série de boas esperanças. Os três maiores casos incluem um novo interesse romântico (perdeu, Luke Cage!), uma competição para a Alias Investigações e um retorno inesperado que acaba por se tornar o principal fio condutor de emoções e inseguranças para Jessica ao longo dos treze novos episódios.
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Assim, Jessica precisa renovar seu estoque de bebidas, pois precisa de muitas garrafas para conseguir lidar com toda a porcaria que começa a cair sobre seu colo logo após erroneamente ter imaginado que poderia encontrar um pouco de paz, retomando, ainda, em seus momentos de maior desespero, o peso das consequências deixadas por suas ações na primeira temporada, como fantasmas para si. A segunda fase da série segue emocionante e com ênfase às lutas femininas e de traumas, merecendo o seu play e o aguardo pela terceira temporada - já quero para ontem!
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