Cenário atual
No cenário atual, entendido como os últimos dois ou três anos, no máximo, podemos destacar algumas bandas que começaram a surgir. Em setembro de 2015, nascia na JYP Entertainment o Day6, com seu primeiro EP intitulado The Day e seis integrantes. Pouco depois, um dos membros deixar a banda, mas esta continua firme e forte até hoje. O auge do grupo emergia durante o projeto "Every Day6" promovido pela banda que consistia em, em todo o dia 6 de cada mês, revelar uma nova música acompanhada de vídeo.
Com tal regularidade periódica em suas publicações e playlist sempre atualizada, não demorou muito para o nome da banda e as letras de suas músicas garantirem seu lugar na boca do povo, não só dentro da Coreia do Sul, como ao redor de todo o mundo. Dentre os novos nomes das bandas coreanas, é possível afirmar destemidamente que Day6 mantém a posição mais favorável para si.
Com tal regularidade periódica em suas publicações e playlist sempre atualizada, não demorou muito para o nome da banda e as letras de suas músicas garantirem seu lugar na boca do povo, não só dentro da Coreia do Sul, como ao redor de todo o mundo. Dentre os novos nomes das bandas coreanas, é possível afirmar destemidamente que Day6 mantém a posição mais favorável para si.
N.Flying, acrônimo para New Flying, é uma banda formada pela FNC Entertainment (já conhecida pela administração de bandas como CNBLUE, que falaremos posteriormente) que teve sua em 2013, mas apenas no Japão, embora todos os membros sejam coreanos: os meninos chegaram ao cenário musical da Coreia do Sul apenas em 2015, com o mini-álbum Awesome, e tem visto seu desempenho crescer desde então.
Seus trabalhos brincam entre músicas melódicas e dramáticas como Lonely e divertidamente cômicas como Hot Potato, mostrando um lado versátil do pop-rock ao brincar com estilos e conceitos como os grupos de idols costumam fazer e este é, provavelmente, o maior diferencial e vantagem do grupo na acirrada luta pela conquista dos holofotes.
Seus trabalhos brincam entre músicas melódicas e dramáticas como Lonely e divertidamente cômicas como Hot Potato, mostrando um lado versátil do pop-rock ao brincar com estilos e conceitos como os grupos de idols costumam fazer e este é, provavelmente, o maior diferencial e vantagem do grupo na acirrada luta pela conquista dos holofotes.
IM, por sua vez, não tem tido um desenvolvimento e recepção pública tão favoráveis quanto os dois anteriores, mas ainda há tempo para os garotos crescerem: Sua estreia foi há menos de um ano, em setembro de 2017, e seu MV de estreia "Sad Story" ainda soma menos de 300 mil visualizações no canal oficial da banda.
O quarteto não lançou mais nenhuma música desde então, exceto alguns covers como Playing With Fire e Hello, performados em lives no aplicativo V, mas os garotos tiveram a oportunidade de participar do programa de reboot "The Unit", produzido e transmitido pela KBS. Um dos membros, Ki Jung, foi finalista do programa e encontra-se hoje como membro do UNB, grupo projeto temporário com os vencedores masculinos do The Unit.
O quarteto não lançou mais nenhuma música desde então, exceto alguns covers como Playing With Fire e Hello, performados em lives no aplicativo V, mas os garotos tiveram a oportunidade de participar do programa de reboot "The Unit", produzido e transmitido pela KBS. Um dos membros, Ki Jung, foi finalista do programa e encontra-se hoje como membro do UNB, grupo projeto temporário com os vencedores masculinos do The Unit.
The Rose teve sua estreia um pouco antes do IM, em agosto de 2017, e o quarteto não é exatamente o que se pode chamar de famoso, mas estão em uma situação um pouco melhor com, inclusive, turnê que passará pelo Brasil durante o mês de junho.
O quarteto compõe, escreve e produz suas próprias músicas, além de estarem dispostos a explorar diversos gêneros musicais em seus trabalhos, passando pelo pop, balada, rock e eletrônico, por exemplo. sem se preocupar com barreiras que possam atrapalhar a sua expressividade. Seu trabalho mais recente foi a faixa Baby, que realça a cor do grupo em uma canção sobre raiva e tristeza interior.
A JJY Band estreou em 2015 com "OMG", faixa do EP Escape to Hangover, mas mudou de nome e agência em 2016, tornando-se então conhecidos como o Drug Restaurant. Sob sua nova identidade, lançaram músicas como Mistake e, a mais recente, de 01 de janeiro de 2018, Her, que já vem com uma imagem mais romântica e sútil do grupo que até então só havia lançado faixas com fortes pegadas de rock.
Da Media Line Entertainment, o sexteto TheEastLight (tudo junto mesmo) brinca entre ser um grupo idol e uma banda instrumental desde sua estreia, em novembro de 2016, variando seus estilos a cada novo lançamento e, com isso, permitindo o público de conhecer diversos lados da banda e dos meninos de mostrarem todos os seus talentos.
Embora já tenham sido divertidos (vide I Got You) ou sensuais (não deixe de ver Real Man), seu trabalho mais recente, lançado na semana passada, apresenta uma versão sentimental e romântica do grupo que, em paisagens bucólicas, canta uma história de amor com grande emoção em Are You Okay?.
Formada em 2017, a banda IZ teve sua estreia em 31 de agosto de All You Want e, recentemente, retornaram ao cenário musical com a sua nova faixa Angel, demonstrando uma gigantesca mudança no visual e estilo do grupo: enquanto a primeira era divertida e colorida, a recente vem com uma pegada mais roqueira e dark que, para ser sincera, preferi. Também é recente a sua faixa Granulate, que, por sua vez, mostra um lado mais romântico e meloso da banda que assume uniformes escolares, símbolo de pureza e inocência.
Assim, fica claro que parte dessa tendência vem acompanhada da versatilidade como sub-moda, conforme todos as bandas - ou pelo menos sua maioria - têm demonstrado interesse em apresentar diversas faces de si mesmos, apostando em conceitos e imagens variadas a cada lançamento.
Na história: Quem veio antes
F.T. Island teve sua estreia em 2007 e segue em atividade até hoje. Seu trabalho mais recente foi o álbum especial comemorativo para o aniversário de dez anos do grupo lançado no ano passado, Over 10 Years, do qual destacam a faixa Wind. CNBLUE, por sua vez, estreou um pouco mais tarde, em 2009, e também se mantém forte ainda hoje, promovendo em ambos Japão e Coreia enquanto seus membros ainda se dedicam a carreira de astros de dramas televisivos. Sua faixa mais recente na Coreia foi Between Us, e Starting Over marcando seu último trabalho no Japão.
Outras bandas também marcam época, como Nell, desde 1999, com seu último lançamento realizado em julho de 2017 com a faixa Broken, provando o popular ditado brasileiro de "panela velha faz comida boa". Cherry Filter também é das antigas, de 1997, e tem como seu trabalho mais popular a faixa Flying Duck. Embora não tenham oficialmente encerrado suas atividades, não lançam nada desde 2014, com Andromeda.
A SM Entertainment, conhecida por dar espaço a grupos idols populares como DBSK, Super Junior, Girls' Generation, SHINee, F(x), EXO, Red Velvet, NCT e a cantora BoA, também vivenciou um pouco de rock, misturado a elementos do nu metal e pop, com a sua banda TRAX, formada em 2004. Embora não lançassem nada novo desde 2011, foram revividos para o projeto Station em uma parceria com LIP2SHOT e Sophiya, Notorious.
Royal Pirates nem sempre foi chamado assim: desde 2004 na ativa, na época eram conhecidos como Fading From Down e costumavam se apresentar em eventos de música coreana na Califórnia, mas abandonaram o nome após o falecimento do baixista Richard Kim: eles não poderiam mais ser o Fading From Dawn sem ele. A partir daí, deram forma ao Royal Pirates que, em 2008, começou a crescer no YouTube com o lançamento de covers e faixas demo até, finalmente, em 2013, realizarem sua estreia oficial com Shout Out. Seguem em atividade até hoje e o trabalho mais recente foi Hasta La Vista, embora tenham entrado em hiatus após isso.
E as meninas?
Perceba que, exceto pela vocalista do Cherry Filter, não foram citadas outras bandas mistas, muito menos totalmente formadas por meninas. Isso porque, aparentemente, o cenário do rock coreano ainda demonstra-se muito fechado e dominado por homens, ao menos nos grupos populares. Isso não significa, entretanto, que não existam bandas femininas.
A já citada gravadora FNC promoveu, por um tempo bem limitado, a sub-unit AOA Black, do grupo idol AOA, sendo esta versão reduzida de integrantes, na verdade, uma banda que dedicava-se a cantar e tocar versões diferentes de músicas do grupo original, como Elvis e Get Out, além de lançarem algumas canções próprias, como Moya e Without You.
Não demorou muito, entretanto, para o AOA começar a fazer sucesso e a unidade Black cair no esquecimento da própria empresa que, desde 2013, não promove mais a banda - ainda mais após a saída da membro Youkyung, baterista do AOA Black, que era a única integrante a não fazer parte da formação regular ("idol") do grupo.
Não demorou muito, entretanto, para o AOA começar a fazer sucesso e a unidade Black cair no esquecimento da própria empresa que, desde 2013, não promove mais a banda - ainda mais após a saída da membro Youkyung, baterista do AOA Black, que era a única integrante a não fazer parte da formação regular ("idol") do grupo.
Fora do cenário "k-popizado", entretanto, são poucos os nomes que podem ser citados. Sweet Revenge é um destes raros exemplos. Em atividade desde 2008, as garotas que lançaram faixas como Melo, Fly High e a mais recente Beyond, de maio do ano passado, estariam destinadas ao sucesso se não fosse pelo triste fato de que o cenário do rock ainda segue dominado pelo patriarcado e não se veem grandes chances de uma banda feminina desenvolver-se de forma bem-sucedida.
Wind Hold Venus também segue por um estilo semelhante, embora já tenham encontrado o fim de suas carreiras. Graças ao poder da internet ainda é possível ouvir algumas de suas músicas, como Call Me. As garotas do Rubber Duckie também tiveram destino parecido, tristemente, mas deixo a recomendação de faixas como Everybody e Kiss Me, que merecem ser ouvidas.
O quarteto Clyna também se arriscou e teve um período de atividade muito limitado. Seu estilo fofo, colorido e regado a aegyo teria dado muito certo se sua empresa as tivesse enviado para promoções no Japão, uma vez que sua faixa Come On Boy lembra em muito as produções musicais para aberturas de animes shoujo ou, até mesmo, uma versão em live-action do popular K-ON!, com tanta fofura e expressividade em harmonia com os instrumentos. Uma pena que não tenham feito isso.
As garotas do Dreamcatcher tem quebrado estereótipos dentro do cenário do K-POP ao renegar conceitos fofos, sensuais ou de qualquer outro estilo mainstream para apostar em inovar no cenário da música popular coreana com uma imagem dark, apoio de elementos do rock e uma pegada gótica para seus vídeos musicais, como Chase Me, Good Night e Fly High, embora ainda respondam como um grupo idol que canta, dança e não toca instrumentos, mas que já esteve no Brasil para um show em dezembro de 2017.
No momento, as sete integrantes estão se preparando para o lançamento de seu novo álbum que, segundo as imagens e teasers revelados até o momento, promete continuar com o mesmo estilo que tem mantido desde sua estreia. Mesmo com tanto talento e inovação, as garotas não chegam a ser exatamente populares: seus MVs conseguem uma média de 3 a 5 milhões de visualizações, o que nem se compara a grandes nomes do cenário como Twice, Red Velvet e Girls' Generation, por exemplo, como se o público tivesse medo de dar uma oportunidade a um estilo tão diferente quanto este.
Mas com tantos lançamentos em rock, seja no cenário indie ou "k-popizado", revela-se uma crescente tendência que, em breve, pode se tornar algo ainda maior e explodir como o novo viral do ano. Pela diversificação de estilos, o Elfo Livre conta com isso, principalmente se essa possível mudança no cenário da música coreana vise, também, a quebra com o patriarcado e o surgimento acompanhado de popularização de cada vez mais grupos femininos que se arrisquem no conceito e sejam devidamente reconhecidas por isso.
No momento, as sete integrantes estão se preparando para o lançamento de seu novo álbum que, segundo as imagens e teasers revelados até o momento, promete continuar com o mesmo estilo que tem mantido desde sua estreia. Mesmo com tanto talento e inovação, as garotas não chegam a ser exatamente populares: seus MVs conseguem uma média de 3 a 5 milhões de visualizações, o que nem se compara a grandes nomes do cenário como Twice, Red Velvet e Girls' Generation, por exemplo, como se o público tivesse medo de dar uma oportunidade a um estilo tão diferente quanto este.
Mas com tantos lançamentos em rock, seja no cenário indie ou "k-popizado", revela-se uma crescente tendência que, em breve, pode se tornar algo ainda maior e explodir como o novo viral do ano. Pela diversificação de estilos, o Elfo Livre conta com isso, principalmente se essa possível mudança no cenário da música coreana vise, também, a quebra com o patriarcado e o surgimento acompanhado de popularização de cada vez mais grupos femininos que se arrisquem no conceito e sejam devidamente reconhecidas por isso.
1 Comentários
Esse post é perfeito. Eu cada vez mais venho me aprofundado no cenário de pop-rock, e tenho torcido e esperado muito que as pessoas reconheçam o talento de quem se aventura nesse campo. Até agora minha banda favorita é The Rose e fico muito feliz com a turnê deles 👍Com tudo isso, vale citar aqui também a colaboração do Lee Hong Gi (F T. Island) e do Yoo Hwe Seung (N.Flying) em Still Love You, que tem muita emoção e um vocal estrondoso. Fica a recomendação 😄
ResponderExcluirTambém, peço que deem uma chance à esse novo estilo, além de muito amor ao Dreamcatcher ~~