Sense8 é uma popular série original Netflix que teve início em meados de 2015 e foi precocemente cancelada após a sua segunda temporada. Após muita luta dos fãs na internet, um episódio final foi conquistado para, pelo menos, entregar um desfecho decente para esta que foi uma das mais incríveis narrativas já transmitidas. Com todas as formas de amor e as diferenças étnicas em ênfase, um casal em especial, Sun e Mun, se destaca em comparação a outro fenômeno da atualidade: os dramas televisivos da Coreia do Sul.
Sun, personagem interpretada por Bae Doona, é uma das mais queridas sensates da série: uma mulher forte, independente, que ama seu cachorro e não mede esforços para lutar (em ambos sentidos da palavra) se for para defender aquilo que acredita. Ao longo da segunda temporada, desenvolveu laços com o detetive Mun e quase não dá para imaginar uma fugitiva da prisão se relacionando com um policial, mas as diferenças entre os dois não os separaram, e sim os uniram.
Tudo começa com seus próprios nomes, quando Sun, o Sol, conhece o detetive Mun, cuja escrita coreana é 문, que também pode ser escrito de forma romanizada como "Moon", do mesmo modo que a palavra lua, em inglês. Coincidência? Vindo de Sense8, absolutamente não: é basicamente afirmar que, desde a escolha de seus nomes, estavam destinados a não só se apaixonarem, mas se completarem.
Destino, afinal, é a palavra chave. Conceito muito forte em sensate, que conecta pessoas por compartilharem o exato momento em que soltaram sua primeira respiração no mundo, também aparece como um grande "formador de casais" nas narrativas televisivas da Coreia do Sul, criando uma linha tênue entre o clichê e o eternamente adorado pelo público: grandes reviravoltas românticas e casais inesperados ligados por um único fio aparentam ser os preferidos.
Sun, que foi presa injustamente, vítima de um golpe planejado por seu irmão, tinha tudo para aceitar que sua vida acabaria por ali, se não fosse por sua personalidade forte, ambiciosa e justa que suou e sangrou até alcançar o que queria. Como detetive, Mun não seria a pessoa mais "qualificada" para se envolver com uma garota problema, mas seu senso de justiça gritou mais alto que os estereótipos, em harmonia com seu coração, que aos poucos percebia bater mais rápido com a presença de Sun, e optou por acreditar e seguir uma louca caminhada ao lado da garota de cabelos curtos que o chutava na cara.
Infelizmente, devido ao cancelamento da série, tivemos poucos momentos do casal, mas é possível afirmar que todas as cenas em que apareceram juntos foi ideal para a construção de seu relacionamento que, mesmo iniciando de forma um tanto súbita, não abriu mão do romantismo, marcado pelo típico "beijo surpresa", após uma batalha intensa que mais pareceria terminar em morte, e o grande reencontro em Paris, com um "stalk proposital" possibilitado por Sun para que Mun a encontrasse, o que ela internamente esperava que ele fizesse e não poderia ter ocorrido de outra forma senão com uma típica demonstração de artes marciais contra a turma do mal.
Esses namoros súbitos cujo início é marcado não por uma declaração oral, ao estilo ocidental, mas com alguma demonstração de afeto, seja um beijo ou uma posição de defesa em relação a pessoa amada, é um dos signos emprestado dos dramas coreanos para a formação desse casal que poderia, muito bem, ser protagonista de seu próprio drama. Faz parte daquele estereótipo da pureza romântica oriental, onde prioriza-se os pequenos atos às rebuscadas palavras, mas com uma maturidade adotada pela idade já adulta dos personagens: o primeiro pegar de mãos, típicos dos dramas adolescentes, já não caberia mais para este casal que beira a casa dos 30, na qual o beijo ganha outro significado, mais intenso, mais forte, mas ainda com todo o sentimentalismo que somente este ato tão puro, mas ao mesmo tempo tão sensual, pode oferecer.
E é impossível não tratar da sensualidade e da sexualidade em Sense8: série regada a casais diversificados, conectados e adultos, não deixa de abordar ainda uma questão carnal que indiscutivelmente faz parte da vida humana, com toques mais desejosos, momentos desnudos e cenas de tamanha voluptuosidade que dificilmente seriam vistas na televisão da Coreia sem antes serem apedrejadas pelo público tradicional - o mesmo que, relacionando ao Brasil, criticaria um beijo de um casal gay, mas pouco se incomoda com cenas de estupro e abuso, por exemplo. Assim, ao introduzir este casal de naturalidade coreana, Sense8 apresenta traços intrínsecos da dramaturgia do país, mas não deixa de dar o seu toque e sensualidade tão singular da série, tornando o casal canônico no coração dos fãs, agora órfãos dessa incrível produção que, sem dúvidas, marcou a década.
Infelizmente, devido ao cancelamento da série, tivemos poucos momentos do casal, mas é possível afirmar que todas as cenas em que apareceram juntos foi ideal para a construção de seu relacionamento que, mesmo iniciando de forma um tanto súbita, não abriu mão do romantismo, marcado pelo típico "beijo surpresa", após uma batalha intensa que mais pareceria terminar em morte, e o grande reencontro em Paris, com um "stalk proposital" possibilitado por Sun para que Mun a encontrasse, o que ela internamente esperava que ele fizesse e não poderia ter ocorrido de outra forma senão com uma típica demonstração de artes marciais contra a turma do mal.
Esses namoros súbitos cujo início é marcado não por uma declaração oral, ao estilo ocidental, mas com alguma demonstração de afeto, seja um beijo ou uma posição de defesa em relação a pessoa amada, é um dos signos emprestado dos dramas coreanos para a formação desse casal que poderia, muito bem, ser protagonista de seu próprio drama. Faz parte daquele estereótipo da pureza romântica oriental, onde prioriza-se os pequenos atos às rebuscadas palavras, mas com uma maturidade adotada pela idade já adulta dos personagens: o primeiro pegar de mãos, típicos dos dramas adolescentes, já não caberia mais para este casal que beira a casa dos 30, na qual o beijo ganha outro significado, mais intenso, mais forte, mas ainda com todo o sentimentalismo que somente este ato tão puro, mas ao mesmo tempo tão sensual, pode oferecer.
E é impossível não tratar da sensualidade e da sexualidade em Sense8: série regada a casais diversificados, conectados e adultos, não deixa de abordar ainda uma questão carnal que indiscutivelmente faz parte da vida humana, com toques mais desejosos, momentos desnudos e cenas de tamanha voluptuosidade que dificilmente seriam vistas na televisão da Coreia sem antes serem apedrejadas pelo público tradicional - o mesmo que, relacionando ao Brasil, criticaria um beijo de um casal gay, mas pouco se incomoda com cenas de estupro e abuso, por exemplo. Assim, ao introduzir este casal de naturalidade coreana, Sense8 apresenta traços intrínsecos da dramaturgia do país, mas não deixa de dar o seu toque e sensualidade tão singular da série, tornando o casal canônico no coração dos fãs, agora órfãos dessa incrível produção que, sem dúvidas, marcou a década.
2 Comentários
Aaaaaaaaah ❤️❤️❤️ vou ficar com saudade da Sun e do Mun 💕
ResponderExcluirJá vi três vezes todas até agora ótimas espero que está volte su e Mun
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