O ator Noah Centineo, de apenas 22 anos de idade, tornou-se um grande astro mundial no ano passado após estrelar as produções de comédia romântica teen Para Todos os Garotos que Já Amei, baseada no livro de Jenny Han, e Sierra Burgess é Uma Loser, ambos filmes do selo Original Netflix. A plataforma de streaming gostou tanto do ator - e da resposta do público - que uma terceira parceria já está entre nós: O Date Perfeito.
Protagonizado pelo ídolo do momento e com a participação das incríveis Laura Marano (Austin e Ally) e Camila Mendes (Riverdale), o filme chegou à Netflix no último dia 12 de abril e apresenta a história de Brooks, um jovem que quer ir para a faculdade, mas tem o dinheiro como principal obstáculo. Com a ajuda de um amigo, lança um aplicativo estilo Tinder no qual se oferece como acompanhante pago para garotas em qualquer tipo de encontro.
Os dates são personalizáveis e cada garota pode escolher a personalidade que Brooks irá encarar nesse dia, como um cara romântico, o super nerd, o amante de arte, o descolado rebelde e até mesmo um jovem cowboy. Todas essas mudanças, entretanto, desestabilizam Brooks, que já não sabe mais quais são as suas prioridades, fazendo-o refletir sobre a vida, o amor e seu papel no mundo enquanto repensa suas escolhas e atitudes.
Com direção de Chris Nelson (Saindo do Armário), o longa é divertido e traz uma boa abordagem de como as pressões dos ritos de passagem para a vida adulta afetam prejudicialmente os jovens que, sentindo-se obrigados a terem seus caminhos para o futuro definidos até o fim do ensino médio, acabam se envolvendo em situações desfavoráveis para sua saúde mental.
Com seu público-alvo nesta mesma faixa etária, o filme torna-se um meio lúdico para debater sobre essa jornada com o objeto de desconstruir conceitos de obrigatoriedade acadêmica/profissional que aflige tantos jovens ao redor do mundo. Dentro de uma comédia romântica voltada principalmente a audiência feminina, a mensagem é passada como plano de fundo em um fanservice muito bem servido no qual Centineo encara papéis diversos em um único filme, atingindo um amplo leque de gostos.
A fama das atrizes femininas também ajuda a chamar o público, mas a personalidade estereotipada de suas personagens torna-as esquecíveis. Celia (Marano) e Shelby (Mendes) são os extremos opostos uma da outra, sendo a primeira uma garota rebelde, destemida e com gostos peculiares, enquanto a outra representa todas as já conhecidas características de uma elite medíocre. Brooks não demora a se ver em um triângulo amoroso entre as personagens, e a resposta é tão clichê quanto adorável.
Quem acaba por chamar a atenção no elenco secundário é Murphy, personagem de Odiseas Georgiadis que tem como papel ser o melhor amigo de Brooks, abordando a amizade em outra sub-narrativa pautada na importância de sua manutenção como via dupla. Divertido, carrega uma mistura suave de ousadia e timidez que se revela em sua própria relação amorosa, pouco abordada mas muito significante para a descrição e desenvolvimento do personagem.
Embora tão interessante quanto o protagonista, Murphy é deixado de lado pelo fio principal da narrativa, de um triângulo amoroso sem espaço para mais elementos, tornando-se impossível negar que Noah é, de fato, o principal ponto do filme. Qualquer outro ator teria tornado a produção obsoleta e perfeitamente esquecível, enquanto este, no auge de sua carreira, faz de si mesmo o grande motivo para alguém despenda de 1h30 do seu dia para conferir uma produção contemporânea, simpática, mas nada inovadora.
Não há grandes reviravoltas nem muito mistério: com um roteiro bastante previsível, mas agradável, cumpre com o seu papel primário de entreter com o bônus pela relevante discussão, mas fica por isso mesmo, não sendo nem de perto tão apaixonante quanto Para Todos os Garotos que Já Amei, verdadeira febre entre o mesmo público.
O Date Perfeito não é, portanto, um filme perfeito, mas é competente e consegue sanar os desejos por mais "Noah Centineo" em tela enquanto aguardamos pela sequência de seu filme chefe, que já está sendo gravada mas ainda não possui previsão de estreia. Por hora, vale a pena conferir este novo longa em um dia tranquilo, que cobre um produto mais leve e acolhedor como tal.
Com seu público-alvo nesta mesma faixa etária, o filme torna-se um meio lúdico para debater sobre essa jornada com o objeto de desconstruir conceitos de obrigatoriedade acadêmica/profissional que aflige tantos jovens ao redor do mundo. Dentro de uma comédia romântica voltada principalmente a audiência feminina, a mensagem é passada como plano de fundo em um fanservice muito bem servido no qual Centineo encara papéis diversos em um único filme, atingindo um amplo leque de gostos.
A fama das atrizes femininas também ajuda a chamar o público, mas a personalidade estereotipada de suas personagens torna-as esquecíveis. Celia (Marano) e Shelby (Mendes) são os extremos opostos uma da outra, sendo a primeira uma garota rebelde, destemida e com gostos peculiares, enquanto a outra representa todas as já conhecidas características de uma elite medíocre. Brooks não demora a se ver em um triângulo amoroso entre as personagens, e a resposta é tão clichê quanto adorável.
Quem acaba por chamar a atenção no elenco secundário é Murphy, personagem de Odiseas Georgiadis que tem como papel ser o melhor amigo de Brooks, abordando a amizade em outra sub-narrativa pautada na importância de sua manutenção como via dupla. Divertido, carrega uma mistura suave de ousadia e timidez que se revela em sua própria relação amorosa, pouco abordada mas muito significante para a descrição e desenvolvimento do personagem.
Embora tão interessante quanto o protagonista, Murphy é deixado de lado pelo fio principal da narrativa, de um triângulo amoroso sem espaço para mais elementos, tornando-se impossível negar que Noah é, de fato, o principal ponto do filme. Qualquer outro ator teria tornado a produção obsoleta e perfeitamente esquecível, enquanto este, no auge de sua carreira, faz de si mesmo o grande motivo para alguém despenda de 1h30 do seu dia para conferir uma produção contemporânea, simpática, mas nada inovadora.
Não há grandes reviravoltas nem muito mistério: com um roteiro bastante previsível, mas agradável, cumpre com o seu papel primário de entreter com o bônus pela relevante discussão, mas fica por isso mesmo, não sendo nem de perto tão apaixonante quanto Para Todos os Garotos que Já Amei, verdadeira febre entre o mesmo público.
O Date Perfeito não é, portanto, um filme perfeito, mas é competente e consegue sanar os desejos por mais "Noah Centineo" em tela enquanto aguardamos pela sequência de seu filme chefe, que já está sendo gravada mas ainda não possui previsão de estreia. Por hora, vale a pena conferir este novo longa em um dia tranquilo, que cobre um produto mais leve e acolhedor como tal.
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