O girlgroup Pink Fantasy, da Mydoll Entertainment, teve seu debut em outubro de 2018 com a música Iriwa (이리와), uma faixa fofa que contrasta com um clipe escuro e misterioso. Para seu comeback lançado na última segunda-feira (05), Fantasy, o grupo apostou ainda mais no conceito místico, que vem crescendo entre os grupos femininos do K-POP, e o resultado foi pra lá de positivo.
A música começa com uma melodia lenta, mas cresce gradativamente com a adição de elementos emprestados do rock, entregando um refrão pesado e forte, mas ainda dançante. O clipe segue com cenários de baixa iluminação, com luzes vermelhas e verdes que ajudam a criar um ambiente místico, a palavra chave para este lançamento.
O MV traz ainda referências a filmes de terror/horror, com objetos bizarros como bonecas e caveiras, além de um efeito de transição inspirado nas falhas de televisores antigos, que anda de mãos dadas com a temática mais dark.
Esse tipo de lançamento, há até poucos anos atrás, poderia ser facilmente comparado com artistas femininas do j-rock devido a semelhança musical, mas há uma crescente onda de grupos sul-coreano, especialmente formados por garotas, que têm se apossado deste estilo e garantindo referências mais próximas.
O Dreamcatcher é, sem sombra de dúvidas, o primeiro que vem à cabeça. O septeto teve sua estreia no início de 2017 e, desde então, já garantiu o pop-rock/horror como sua marca registrada. Por onde passam, as garotas chamam a atenção do público devido ao se estilo ser completamente diferente do normalmente adotado pelos grupos femininos da mesma geração, mas isso, infelizmente, não é sinônimo de popularidade.
Os conceitos mais "dark" ainda são muito nichados, ou seja, atingem somente um público muito específico e dificilmente alcançam a camada do mainstream - além da dificuldade adicional que os grupos femininos possuem na indústria, sendo ainda mais difícil de se destacarem. Mesmo assim, alguns grupos já passaram por temáticas semelhantes.
Entretanto, ainda dentro dos conceitos místicos, há um lado mais claro, de tons pastéis, que passa uma sensação mais relacionada ao cósmico e até mesmo a fadas, talvez. Neste sentido, o WJSN é o principal representante, com seus clipes coloridos, repletos de forças mágicas e céus brilhantes, como se fosse um sonho.
Em uma entrevista ao Hello Asia na época de seu debut, a integrante Exy definiu o conceito do grupo ao falar sobre o universo: "O universo é a maior existência e abraça todo o tempo e espaço do mundo. Não há um centro definido, e não importa de que lado você está olhando, o que você pode ver do seu ponto de vista se torna o centro."
O debut do Oh My Girl, com Closer, também caminha por um lado semelhante. Com aparência de fadas ou até mesmo anjinhos, com vestimentas brancas e saias rodadas, mas ganha o tom místico principalmente pela coreografia, ao inserir os signos do zodíaco na formação da dança.
Quando visto de cima, é perceptível que alguns em alguns momentos da coreografia a organização das integrantes no espaço transforma-se em uma espécie de constelação e, ligando os pontinhos, percebe-se os ícones dos doze signos e, ainda, do sol e da lua.
Um dos primeiros a se arriscar em um conceito mais dark, embora não fosse a cara principal do grupo, foi o Ladies' Code. Já em 2013 o grupo lançou Hate You, uma música retrô, que é bem o conceito do grupo, mas com um clipe pra lá de bizarro, com bonecas estranhas, caveiras, velas e fantoches assustadores. Revendo este clipe em 2019 prova que o Ladies' Code estava a frente de sua época e previu uma possível trend que se iniciaria mais tarde.
Entretanto, ainda dentro dos conceitos místicos, há um lado mais claro, de tons pastéis, que passa uma sensação mais relacionada ao cósmico e até mesmo a fadas, talvez. Neste sentido, o WJSN é o principal representante, com seus clipes coloridos, repletos de forças mágicas e céus brilhantes, como se fosse um sonho.
Em uma entrevista ao Hello Asia na época de seu debut, a integrante Exy definiu o conceito do grupo ao falar sobre o universo: "O universo é a maior existência e abraça todo o tempo e espaço do mundo. Não há um centro definido, e não importa de que lado você está olhando, o que você pode ver do seu ponto de vista se torna o centro."
O debut do Oh My Girl, com Closer, também caminha por um lado semelhante. Com aparência de fadas ou até mesmo anjinhos, com vestimentas brancas e saias rodadas, mas ganha o tom místico principalmente pela coreografia, ao inserir os signos do zodíaco na formação da dança.
Quando visto de cima, é perceptível que alguns em alguns momentos da coreografia a organização das integrantes no espaço transforma-se em uma espécie de constelação e, ligando os pontinhos, percebe-se os ícones dos doze signos e, ainda, do sol e da lua.
Faz anos que o F(x) não lança nada, mas em 2015 o grupo nos alimentou com 4 Walls, que caminha por estradas semelhantes. O MV tem uma pegada misteriosa, que acaba ganhando um tom sobrenatural pela forma que foi gravado e editado, além de cenas que lembram algo como Alice no País das Maravilhas - um dos livros/filmes que mais combina com esse conceito.
Embora desde a 2ª geração alguns grupos já estivessem trabalhando neste cenário artístico, demorou um pouco para grupos 100% focados nesse conceito começarem a aparecer e, como é tudo muito recente, ainda estão na luta para ganharem seu espaço na mídia - algo que embora triste, considerando o tamanho talento e qualidade de seus trabalhos, acaba sendo bem normal para qualquer imagem inovadora que está chegando no mercado, como foi com os girlgroups sensuais ou os boygroups de hip-hop.
Como ainda é cedo, é difícil afirmar se o conceito dark/místico dessa crescente irá sobreviver por si só, conquistando a aceitação do público, ou se ele sofrerá algumas adaptações para tornar-se mais aberto ao público. Mesmo que não chegue ao mainstream, nichos são importantes para garantir a diversidade de gêneros que o K-POP abrange, e termos grupos tão talentosos como o Dreamcatcher e o Pink Fantasy para representar esta camada já é muito recompensador.
Quais são suas apostas?
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