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Forever the Moment: mais que handebol, um filme sobre a luta das mulheres


Baseado em uma história real, Forever the Moment é um filme sul-coreano sobre o time feminino de handebol da Coreia do Sul e sua participação nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, com uma perfeita mistura de drama e esportes. 

Dirigido por Soonrye Yim e lançado no ano de 2008, a trama traz à cena a desvalorização do handebol e dos times femininos, enfatizando ainda os dramas pessoais e familiares da realidade individual das jogadoras, que interfere em seu trabalho nas quadras e aumenta a tensão por elas vividas.


O time é composto por adolescentes caprichosas e veteranas com mais de 30 anos de idade, mas a desordem vai muito além da diferença de idade: com a equipe prestes a se desmanchar por falta de apoio e incentivo financeiro, um novo técnico abusivo e machista entra em cena para desestruturar ainda mais a vida dessas talentosas mulheres. 

A ênfase de Forever the Moment, entretanto, está nas personagens mais velhas que, sobretudo, precisam encarar ainda os obstáculos que a vida adulta traz: uma das jogadoras está passando por problemas em seu casamento e, com dificuldades financeiras e um marido ausente, precisa criar o seu filho pequeno sozinha, muitas vezes sendo obrigada a levá-lo para os treinos por não ter onde ou com quem deixá-lo.


Suas atitudes são perfeitamente compreendidas pelas demais jogadoras da mesma faixa etária, que adotam o menino como uma figura de sobrinho e se preocupam com o bem-estar financeiro da família da colega, mas nem todos pensam de forma tão acolhedora assim, onde brotam ainda mais dificuldades para sua vida: é impossível separar o trigo do joio e seu desempenho nos jogos torna-se ainda mais complicado. 

Durante todo o filme fica visível o preconceito que elas sofrem por serem jogadores de um esporte desvalorizado e por serem mulheres. A luta deste time não é só para trazer uma medalha de ouro ao seu país, mas para trazer reconhecimento ao seu esporte e, acima de tudo, para que elas sejam reconhecidas como pessoas


Tudo isso é ambientado durante as Olimpíadas de Atenas de 2004, com o time coreano de handebol prestes a representar seu país nas finais. A tensão é muito maior e os treinos são muito mais pesados. Juntando com suas cargas emocionais pessoais, toda essa pressão por bons resultados em quadra só deixa as competidoras ainda mais apreensivas. 

Portanto, embora trate-se de um filme sobre esportes e esportistas, não é algo chato para aqueles que não curtem esportes - o contexto dramático da narrativa é mais importante que os jogos em si. Enfatizando, é um filme sobre o time de handebol da Coreia, com todo seu drama, sua força, seu desespero e sua luta feminista, e não unicamente sobre handebol e as olimpíadas. 
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