Nada ao Redor (The Stranded) é a primeira série tailandesa original da Netflix. A produção de sete episódios foi lançada na última quinta-feira, 14 de novembro, e está chamando a atenção do público com sua semelhança com a popular série Lost.
Na trama, um grupo de adolescentes estudava em um colégio de elite localizado numa ilha paradisíaca, mas um tsunami destruiu o prédio, tirou vidas e deixou os sobreviventes ilhados, completamente sem comunicação com o restante do mundo. A esperança de um resgate os une, mas com o passar dos dias e uma estranha força maligna tomando conta do local, está cada vez mais difícil ter fé de que algo bom possa acontecer, e o grupo começa a se separar.
A série prende o público pela curiosidade de saber o desfecho da história dramática destes jovens, mas o desenrolar é cansativo e pouco esclarecedor. Ao longo dos sete episódios poucas dúvidas são tiradas do espectador, mantendo tudo para uma possível segunda temporada que pode ser sensacional, mas prejudicando a qualidade da primeira.
Criando um suspense sem fim quanto ao tsunami e os mistérios sobrenaturais que cercam a ilha, o desenvolvimento da temporada inicial se dá por meio da revelação das novas personalidades dos personagens, enquanto alguns assumem uma posição tirana e outros se tornam oprimidos pela ditadura que começa a ser instaurada entre os jovens.
Dentre os pontos positivos da trama abordam-se os assuntos trabalhados em segundo plano, como homossexualidade, luto, gravidez, relacionamentos abusivos, pressão familiar e traumas do passado. Cada adolescente possui um ponto a ser trabalhado em si mesmo, e a conexão a surgir entre os personagens, cruzando suas histórias, é interessante de acompanhar.
Já o fator sobrenatural da série é permeado por uma onda inspirada em filmes de terror/suspense, que vem muito das influências do diretor Sophon Sakdaphisit, conhecido como o roteirista de Espíritos - A Morte está ao Seu Lado (2004), pegando emprestado elementos do gênero cinematográfico para a produção seriada para criar um clima mais sombrio. Os efeitos especiais mal produzidos vieram como um bônus indesejado.
As semelhanças com LOST são ao mesmo tempo boas e ruins para Nada ao Redor. Começando pelos aspectos desfavoráveis, o enredo pode parecer pouco inovador para quem já conhece a trama anterior, pois são inúmeras as semelhanças com a série americana, quase como se fosse um remake tailandês — o que não é o caso.
Por outro lado, essas analogias entre as séries podem trazer um ótimo público para o lakorn, como são chamados os dramas tailandeses, fazendo com o que o público de produções ocidentais passe a criar interesse por produtos orientais, que ainda são marginalizados pelo grande público — realidade que tende a mudar, ainda que lentamente, com a influência da Netflix e seus investimentos no mercado asiático.
Em resumo, Nada ao Redor deixa um pouco a desejar, mas ainda é uma boa produção e tem potencial para melhorar na segunda temporada — que ainda não foi anunciada, mas deve ter sido planejada, devido a falta de conclusão aos acontecimentos da primeira etapa. Para quem nunca assistiu um drama tailandês, pode ser uma boa primeira impressão, como foi para mim.
Criando um suspense sem fim quanto ao tsunami e os mistérios sobrenaturais que cercam a ilha, o desenvolvimento da temporada inicial se dá por meio da revelação das novas personalidades dos personagens, enquanto alguns assumem uma posição tirana e outros se tornam oprimidos pela ditadura que começa a ser instaurada entre os jovens.
Dentre os pontos positivos da trama abordam-se os assuntos trabalhados em segundo plano, como homossexualidade, luto, gravidez, relacionamentos abusivos, pressão familiar e traumas do passado. Cada adolescente possui um ponto a ser trabalhado em si mesmo, e a conexão a surgir entre os personagens, cruzando suas histórias, é interessante de acompanhar.
Já o fator sobrenatural da série é permeado por uma onda inspirada em filmes de terror/suspense, que vem muito das influências do diretor Sophon Sakdaphisit, conhecido como o roteirista de Espíritos - A Morte está ao Seu Lado (2004), pegando emprestado elementos do gênero cinematográfico para a produção seriada para criar um clima mais sombrio. Os efeitos especiais mal produzidos vieram como um bônus indesejado.
As semelhanças com LOST são ao mesmo tempo boas e ruins para Nada ao Redor. Começando pelos aspectos desfavoráveis, o enredo pode parecer pouco inovador para quem já conhece a trama anterior, pois são inúmeras as semelhanças com a série americana, quase como se fosse um remake tailandês — o que não é o caso.
Por outro lado, essas analogias entre as séries podem trazer um ótimo público para o lakorn, como são chamados os dramas tailandeses, fazendo com o que o público de produções ocidentais passe a criar interesse por produtos orientais, que ainda são marginalizados pelo grande público — realidade que tende a mudar, ainda que lentamente, com a influência da Netflix e seus investimentos no mercado asiático.
Em resumo, Nada ao Redor deixa um pouco a desejar, mas ainda é uma boa produção e tem potencial para melhorar na segunda temporada — que ainda não foi anunciada, mas deve ter sido planejada, devido a falta de conclusão aos acontecimentos da primeira etapa. Para quem nunca assistiu um drama tailandês, pode ser uma boa primeira impressão, como foi para mim.
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