Publicado em 2017 pela editora Universo dos Livros, A Última Mensagem de Hiroshima é um relato autobiográfico de Takashi Morita e de sua história de sobrevivência, luta que começou ainda no dia de seu nascimento, mas encontrou seu ápice no dia 06 de agosto de 1945, quando uma bomba atômica foi lançada sobre o Japão.
Em primeira pessoa, o livro intimista revela toda a memória de vida deste senhor que nasceu em 1924 e, ainda hoje, aos 96 anos, continua a nos contar sua trajetória contra a morte, revisitando os momentos mais dolorosos de sua existência em prol a sua missão como sobrevivente: ensinar a história para que ela jamais se repita.
Takashi Morita começou a trabalhar ainda na adolescência, a pedido do pai, quando desenvolveu o ofício de relojoeiro. Entretanto, foi como policial militar imperial que testemunhou as crueldades da guerra e da bomba atômica lançada a Hiroshima, 1.5km atrás de onde ele estava, mas próximo o suficiente para arremessá-lo 10 metros a frente e feri-lo na nuca — sem contar o irreversível dano psicológico.
Como diz a sinopse: Após sofrer situações tão devastadoras como as que o Sr. Takashi viveu, muitos de nós provavelmente sucumbiríamos ao rancor. A sabedoria, no entanto, com a qual ele enfrentou suas memórias mais sombrias é inspiradora. Quando questionado a respeito de suas mágoas com relação aos norte-americanos, responsáveis pelo envio da bomba atômica a Hiroshima, o veterano responde: “Estavam apenas fazendo o seu trabalho.” O que fez a diferença em sua vida foi a capacidade de perdoar.
Como diz a sinopse: Após sofrer situações tão devastadoras como as que o Sr. Takashi viveu, muitos de nós provavelmente sucumbiríamos ao rancor. A sabedoria, no entanto, com a qual ele enfrentou suas memórias mais sombrias é inspiradora. Quando questionado a respeito de suas mágoas com relação aos norte-americanos, responsáveis pelo envio da bomba atômica a Hiroshima, o veterano responde: “Estavam apenas fazendo o seu trabalho.” O que fez a diferença em sua vida foi a capacidade de perdoar.
Anos mais tarde, já casado e com filhos, Takashi e sua família vieram ao Brasil em busca de novas oportunidades de vida, abrindo em São Paulo uma mercearia que até hoje se encontra em atividade, mas nunca deixou de lado a sua missão. Aqui deu início a um ativismo pelos hibakushas (vítimas da bomba atômica) residentes do Brasil, fundando aqui a Associação Hibakusha Brasil pela Paz, em 1984.
Mesmo após os objetivos conquistados, continuou a levar sua mensagem de esperança para o mundo ao lado da ONG Peace Boat, visitando escolas e associações culturais em todo o mundo para falar sobre o perigo da radiação. O livro é apenas mais um fruto de sua militância, que abraça também a peça teatral Os Três Sobreviventes e diversas palestras das quais participa. Uma graphic novel, Projeto Hibakusha, esperada para ser lançada ainda em 2020, também trará seus relatos.
O senhor Takashi, entretanto, não está sozinho nessa jornada: ele conta que sempre contou muito com o apoio de seus filhos tanto no âmbito pessoal quanto em sua mercearia ou na associação, principalmente desde que sua esposa, Ayako, faleceu em 2009. Yasuko Saito, sua filha, escreve sobre o pai nos agradecimentos da obra: "O destino sempre lhe trouxe obstáculos difíceis, mas ele enfrentou tudo com muita sabedoria e humildade", uma lição que todos nós devemos aprender.
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