James Dashner escreveu Maze Runner, uma franquia literária que se tornou muito conhecida também no cinema
graças às adaptações de seus três livros bases. Entretanto, o universo
continuou a se expandir nas páginas de outros três livros complementares,
incluindo Arquivos, com material inédito.
Publicado em 2013, trata-se de um volume epistolar que tem como objetivo
reunir "documentos confidenciais" sobre o CRUEL, e a leitura traz
tantas informações instigantes sobre os eventos já conhecidos dos
livros/filmes que se torna uma verdadeira leitura obrigatória para os fãs,
apresentando a eles eventos que prescindiram Maze Runner ou
acontecimentos já conhecidos, mas
narrado pelo ponto de vista de quem estava manipulando os Clareanos.
A obra é formada por memorandos de chanceleres do CRUEL, transcrições de conversas entre funcionários, diários de observações dos candidatos e e-mails, todas provas secretas que expunham os experimentos do CRUEL com os futuros Clareanos, incluindo Thomas, Chuck e Caçarola. Tudo é tão bem produzido que faz o livro de fato parecer um arquivo real, e não um epistolar fictício complementar a um romance distópico adolescente.
Esses textos inéditos mergulham nos "bastidores" da realidade simulada de Maze Runner, com comentários dos psiquiatras que agiam por trás dos eventos mais marcantes da obra, como a morte de Chuck, mas também sobre o antes: quando Thomas, Teresa, Brenda e outros agiam de acordo com a CRUEL, concordando em serem enviados ao Experimento Labirinto sem suas memórias para se tornarem objetos de estudo que viessem a gerar a cura do Fulgor, mas que mesmo desde aquela época já estavam sendo manipulados.
Arquivos fica completo com ilustrações inéditas de Marcelo Orsi Blanco, que revelam todo o caos e crueldade por trás dessa obra que, mais que informativa, é extremamente melancólica e reveladora, colocando os fãs frente a frente a testemunhos que expandem a percepção pública sobre o CRUEL e todos os eventos narrados em Maze Runner, dando ao livro uma nova camada de profundidade da qual não sabíamos que precisávamos até nos depararmos com ela.
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