Aconteceu em 3 de novembro de 2013 a primeira e única edição do YouTube Music Awards, uma premiação criada pelo YouTube com apoio da KIA para premiar os melhores artistas e vídeos do ano. O evento foi um fracasso em diversos níveis, mas foi um ato extremamente importante para o k-pop que, naquela época, ainda tinha pouco reconhecimento no mercado ocidental.
A categoria Vídeo do Ano foi a mais concorrida: baseada no engajamento dos fãs e votos on-line, o prêmio foi para o grupo Girls' Generation, cuja música I Got a Boy desbancou grandes concorrentes, que incluíam sucessos de Lady Gaga, One Direction, Justin Bieber, Selena Gomez e outros — além de PSY, que também competiu com Gentleman e foi o único outro ato coreano na categoria.
Os fãs de K-POP uniram suas forças pela votação on-line a fim de garantir uma boa porcentagem de votos ao Girls' Generation e deu certo: o grupo levou o prêmio, mas não sem antes encarar o preconceito dos artistas e fandoms concorrentes que, por não conhecer o Girls' Generation (ou o pop coreano/asiático como um todo), não se conformaram com tal vitória inesperada frente aos maiores nome da música mundial da época.
O YouTube Music Awards foi desmoralizado por sua péssima organização e não voltou a acontecer, transformando-o em um grande fracasso e dando motivo para os "haters" dos vencedores desvalorizarem ainda mais os prêmios entregues, o que é uma conversa completamente inválida: independente do sucesso do evento, o Girls' Generation venceu os maiores artistas pop da época, levando o prêmio para a Coreia do Sul e fazendo história no k-pop.
Hoje muito se fala sobre os inegáveis feitos de artistas como BTS e BLACKPINK, que tem colaborado grandemente pela internacionalização do k-pop com números que refletem na economia e no turismo da Coreia do Sul, mas também precisamos falar sobre aqueles que deram os primeiros passos em levar a música pop coreana para os Estados Unidos.
No cenário do k-pop, tivemos nomes como BoA, Wonder Girls e o próprio Girls Generation tentando lançar carreira nos EUA e, por mais que o impacto não tenha sido tanto quanto os de artistas mais recentes, foram essenciais para preparar o território americano para a chegada da Onda Hallyu, que viria com força anos mais tarde.
Big Bang foi o primeiro vencedor do prêmio de Melhor Artista Global do MTV Europe Music Awards, em 2011, e dois anos depois o Girls' Generation conquistava o Vídeo do Ano no YouTube Music Awards, expondo a crescente de uma pressão por maior espaço para os artistas do k-pop em premiações de alcance mundial: o talento e reconhecimento deles era muito grande para ficar em um único continente.
Quando Tiffany subiu ao palco para agradecer pelo prêmio, foi nítida a expressão de confusão no rosto do público ali presente, em grande silêncio enquanto gritavam em suas mentes "quem é essa garota, de onde ela vem e o que raios é esse Girls' Generation que venceu para os maiores artistas dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra?". Essa é Tiffany Young, meus queridos.
Talvez o grande erro dessa cerimônia tenha sido a SM Entertainment enviar uma única integrante para o evento: imagine tamanho impacto que seria a subida de nove garotas, um número surreal de integrantes para o cenário americano, para retirar nos palcos um prêmio que todos os presentes julgavam que elas não mereciam?
É inegável que todo esse descaso não passou de um grande desrespeito e preconceito com um grupo que poderia até ser desconhecido para o público centrado na América e Europa, mas estava conquistando equivalentes vitórias incríveis na Ásia e, aos poucos, levava a música coreana para novos mercados e, portanto, merecia o troféu de botão com unhas e dentes.
Cada pequeno passo nesta longa caminhada conta, e a vitória do SNSD no YouTube Music Awards não deve ser menosprezada, especialmente por outros fãs de k-pop: respeitar as vitórias de um artista não desmoraliza a de outros, e precisamos apoiar tanto os nomes antigos quanto os atuais do cenário pois, cada qual em seu momento, teve a devida importância pelo desenvolvimento e manutenção do estilo e de sua popularidade, seja ela local ou mundial.
Talvez o grande erro dessa cerimônia tenha sido a SM Entertainment enviar uma única integrante para o evento: imagine tamanho impacto que seria a subida de nove garotas, um número surreal de integrantes para o cenário americano, para retirar nos palcos um prêmio que todos os presentes julgavam que elas não mereciam?
É inegável que todo esse descaso não passou de um grande desrespeito e preconceito com um grupo que poderia até ser desconhecido para o público centrado na América e Europa, mas estava conquistando equivalentes vitórias incríveis na Ásia e, aos poucos, levava a música coreana para novos mercados e, portanto, merecia o troféu de botão com unhas e dentes.
Cada pequeno passo nesta longa caminhada conta, e a vitória do SNSD no YouTube Music Awards não deve ser menosprezada, especialmente por outros fãs de k-pop: respeitar as vitórias de um artista não desmoraliza a de outros, e precisamos apoiar tanto os nomes antigos quanto os atuais do cenário pois, cada qual em seu momento, teve a devida importância pelo desenvolvimento e manutenção do estilo e de sua popularidade, seja ela local ou mundial.
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