Chegou à Netflix em 27 de agosto de 2020 a aguardada terceira temporada de Aggretsuko (ou Aggressive Retsuko), anime que já está no ar desde 2016 e continua a conquistar cada vez mais públicos com sua atual presença na mais badalada plataforma de streaming mundial. Se as duas temporadas anteriores já foram incríveis, essa conseguiu ser a melhor.
Aggretsuko acompanha Retsuko, uma panda vermelha de 25 anos que passa muita raiva em seu ambiente de trabalho opressor. Para aliviar o estresse, vai ao karaokê e solta a voz ao som de death metal, mas esconde esse seu lado de todos para manter a pose de funcionária perfeita. Assista ao trailer dos episódios inéditos logo abaixo:
Ao longo das temporadas anteriores já observamos algum amadurecimento nela, incluindo uma relação mais íntima com duas colegas de trabalho a quais Retsuko permite se abrir, e até mesmo a um pequeno romance que não acabou muito bem. Entretanto, na segunda temporada as coisas já estavam começando a ficar um pouco repetitivas, e o anime se reinventou muito bem para sua recém-lançada terceira fase.
Como o título desta matéria já entrega, a nova temporada de Aggretsuko leva a personagem (e o público) diretamente para o universo dos idols, mas não pense nas famosas AKB48 ou Morning Musume: estamos falando do cenário underground do j-pop, com artistas de empresas pequenas que lutam para conseguir algumas poucas dezenas de pessoas em seus shows.
Como o título desta matéria já entrega, a nova temporada de Aggretsuko leva a personagem (e o público) diretamente para o universo dos idols, mas não pense nas famosas AKB48 ou Morning Musume: estamos falando do cenário underground do j-pop, com artistas de empresas pequenas que lutam para conseguir algumas poucas dezenas de pessoas em seus shows.
É uma ótima exploração do universo musical de Aggretsuko que, agora, não se prende somente ao death metal — aliás, as cantorias revoltadas da personagem até foram sub-exploradas nesta temporada, conforme sua voz ganha novos objetivos. A motivação para a garota de escritório ter entrado neste mundo? Uma dívida.
O universo dos Otome Games (aqueles jogos de relacionamento) e até mesmo dos YouTubers também chega a ser adotado na trama, trazendo maior pluralidade de temáticas abordadas e muita diversão, conforme tudo isso está centralizado em Retsuko, cada vez mais tridimensional e interessante.
O que talvez deixe um pouco a desejar nessa temporada é a insistência romântica de Haida, colega de Retsuko que tem um crush nela mas já foi dispensado inúmeras vezes e não desiste. Essa tecla já está batida na produção e se tornou quase insuportável na terceira temporada mas, sem spoilers, parece que a protagonista está se preparando para dar um basta nessa história.
Mas nem isso foi capaz de estragar a temporada: o mundo adulto continua sendo abordado de forma muito divertida nessa terceira fase de Aggretsuko que trouxe, ainda, novas camadas para a sua abordagem e que permitiram o amadurecimento da protagonista em níveis inimagináveis, mas inspiradores. Foi uma surpresa positiva, e ficamos ansiosos para uma quarta temporada (ainda não confirmada) enquanto seguimos o exemplo de Retsuko de cair de cabeça em novas experiências — as consequências a gente deixa para depois.
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