Chegou à Netflix no dia 08 de setembro de 2020 o filme #Alive (#살아있다), thriller/ação/drama que já esteve em cartaz nos cinemas coreanos em junho do mesmo ano e, agora, se expande internacionalmente por meio da plataforma de streaming.
Dirigido por Il Cho, a produção traz o tema de apocalipse zumbi com foco no isolamento social dos personagens sobreviventes em um paralelo de grande coincidência com a vida real em plena pandemia de coronavírus, conforme já me aprofundei neste outro texto. É interessante acompanhar o processo de deterioração mental dos protagonistas frente a tamanhas dificuldades, mas ainda ligados ao desejo pela sobrevivência.
Não se engane, entretanto, quanto as cenas de ação: apesar de ser um filme amplamente focado no quadro psicológico dos personagens, não deixa de apresentar o clichê humanos versus criaturas em batalhas corpo a corpo onde todos parecem profissionais treinados, ganhando pontos ao valorizar a figura da mulher forte ao colocar Kim Yubin (Park Shinhye) em uma posição mais esperta que Oh Juno (Yoo Ahin), ainda que sejam, em um momento ou outro, co-dependentes.
Essa co-dependência, aliás, é o que torna os personagens (e a nós!) em figuras humanas e reais: o isolamento social não foi feito para a nossa saúde mental. Por mais que uma pessoa goste de ficar consigo mesma, se isolar completamente de tudo e de todos também é extremamente prejudicial, e os personagens sentem essa falta na pele quando, ao se conhecerem, rapidamente se tornarem íntimos. Longe de qualquer interpretação romântica ou carnal, o ser humano precisa do contato com o próximo para validar sua existência.
Com uma mistura perfeita de ação e emoção, #Alive também entrega um CGI de grande qualidade, presente principalmente nas cenas à altura, e uma maquiagem de zumbi perfeita, algo que já não é novidade para quem viu Invasão Zumbi ou a série Kingdom, mas se repete por aqui com grande mérito.
Entretanto, não espere nada do gênero jump-scary: até tem uma ou outra cena inusitada que dá um sustinho no espectador mais desprevenido, mas em geral o terror é mais sensitivo do que físico. Mais do que medo, o filme é permeado por marcas do thriller, em uma sensação de angústia e insegurança constante, muito bem abordada e desenvolvida.
Atrás apenas desta imersão no psicológico dos personagens, o segundo ponto mais interessante da trama é a sua absorção do universo contemporâneo: a hashtag no título do filme não é só para dar um efeito visual, mas qualquer informação além disso seria um grande spoiler. Entretanto, vale destacar que as redes sociais e drones tem um papel importante na narrativa, mas nem por isso substituem a eficácia de um binóculo de longo alcance e walkie-talkies, por exemplo.
#Alive já está disponível para ser visto pela Netflix, e com certeza vale a pena: pode até parecer mais um filme clichê de apocalipse zumbi, mas toda a sua abordagem fora da caixinha do "vamos fugir e encontrar ajuda", substituída pelo "vamos nos proteger até a ajuda chegar", traz uma nova dinâmica para as telas.
Não se engane, entretanto, quanto as cenas de ação: apesar de ser um filme amplamente focado no quadro psicológico dos personagens, não deixa de apresentar o clichê humanos versus criaturas em batalhas corpo a corpo onde todos parecem profissionais treinados, ganhando pontos ao valorizar a figura da mulher forte ao colocar Kim Yubin (Park Shinhye) em uma posição mais esperta que Oh Juno (Yoo Ahin), ainda que sejam, em um momento ou outro, co-dependentes.
Essa co-dependência, aliás, é o que torna os personagens (e a nós!) em figuras humanas e reais: o isolamento social não foi feito para a nossa saúde mental. Por mais que uma pessoa goste de ficar consigo mesma, se isolar completamente de tudo e de todos também é extremamente prejudicial, e os personagens sentem essa falta na pele quando, ao se conhecerem, rapidamente se tornarem íntimos. Longe de qualquer interpretação romântica ou carnal, o ser humano precisa do contato com o próximo para validar sua existência.
Com uma mistura perfeita de ação e emoção, #Alive também entrega um CGI de grande qualidade, presente principalmente nas cenas à altura, e uma maquiagem de zumbi perfeita, algo que já não é novidade para quem viu Invasão Zumbi ou a série Kingdom, mas se repete por aqui com grande mérito.
Entretanto, não espere nada do gênero jump-scary: até tem uma ou outra cena inusitada que dá um sustinho no espectador mais desprevenido, mas em geral o terror é mais sensitivo do que físico. Mais do que medo, o filme é permeado por marcas do thriller, em uma sensação de angústia e insegurança constante, muito bem abordada e desenvolvida.
Atrás apenas desta imersão no psicológico dos personagens, o segundo ponto mais interessante da trama é a sua absorção do universo contemporâneo: a hashtag no título do filme não é só para dar um efeito visual, mas qualquer informação além disso seria um grande spoiler. Entretanto, vale destacar que as redes sociais e drones tem um papel importante na narrativa, mas nem por isso substituem a eficácia de um binóculo de longo alcance e walkie-talkies, por exemplo.
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