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Resenha | Dash & Lily é a perfeita série de Natal da Netflix


Chegou à Netflix nesta terça-feira, 10 de novembro, a série natalina Dash & Lily, dando por iniciada as maratonas de fim de ano na plataforma de streaming — e, se assim como eu, você ainda não estava muito no clima para o Natal por qualquer motivo que seja, sentirá o seu coração quentinho conforme conhece os personagens e suas aventuras românticas por Manhattam.

O roteiro é inspirado no popular livro "O Caderninho de Desafios de Dash & Lily", escrito por David Levithan, Rachel Cohn e publicado no Brasil em 2016 pela Editora Galera com tradução de Regiane Winarski, a responsável pela edição brasileira de boa parte dos meus livros preferidos. Para a adaptação seriada, Nick Jonas (!!!) assinou a produção executiva e não deixou de fazer aquela ponta mais do que especial na trama. 

Resenha | Dash & Lily é a perfeita série de Natal da Netflix

A história é basicamente a mesma nas duas mídias: Dash odeia o Natal. Lily ama o Natal. Eles podem parecer perfeitos opostos a partir dessa premissa, mas são mais parecidos do que eles próprios poderiam imaginar e o destino dá seu jeito de uni-los. A partir de um plano de seu irmão, Lily deixa um caderninho com desafios em sua livraria preferida e, aquele que encontrá-lo, seguirá as pistas até o coração da garota

Essa versão diferenciada de "caça ao tesouro" chama a atenção de Dash, que está mais entediado e solitário do que o comum e, quando menos esperava, se via extremamente entretido e interessado por esse jogo que não demorou a ganhar profundidade: mesmo sem se verem pessoalmente, os dois começam a se apaixonar pela imagem que criaram um do outro pelas páginas do Moleskine, e isso tem tudo para dar ou muito errado, ou muito certo — qual caminho a série seguiu? Só assistindo a seus oito episódios para descobrir. #ElfoLivreDeSpoiler 


Embora os episódios sejam 100% trabalhados na troca de perspectiva entre os dois protagonistas, personagens secundários se fazem de extrema importância para darem aquele "empurrãozinho" no casal — ou então puxá-los para trás, já que todo bom Young Adult precisa de um antagonista não-tão-malvado-assim que vai se render ao fim da trama. Tão clichê. Impossível não amar! 

Tão contemporânea que é, não se deixa errar os abraços da representatividade e entrega um elenco e personagens não só rico em diversidade étnica e sexual, mas com sua cultura tomando espaços muito particulares no enredo, abraçando a identidade asian-american da protagonista e o contraste entre gerações de uma família japonesa que vem perdendo sua conexão em meio a briga pelas tradições e modernidades — e sem deixar de lado um punk judeu em ritmo natalino. Sério, só assistindo para ver o quão incrível isso é. 

Resenha | Dash & Lily é a perfeita série de Natal da Netflix

Parece muita coisa, mas tudo isso se desenvolve em um período de aproximadamente duas semanas e tramas tão surreais que poderiam ser chamadas de fantasiosas, mas que prefiro descrever como a boa e velha magia do Natal — e, se assim como Dash, você não acredita nessas "baboseiras", talvez seja o momento perfeito para assistir à série e se deixar levar pelo clima de amor e união. 

2020 não parecia lá um ano muito propício para as comemorações natalinas, mas a visão positivista de Lily me fez enxergar o mundo de outra forma, não romantizando eventos catastróficos, mas buscando uma saída menos infeliz deles. "Desculpa, garoto do caderno. Gosto de procurar os arco-íris.", disse Lily, e assim descobri que também sou uma perseguidora de arco-íris. 

Resenha | Dash & Lily é a perfeita série de Natal da Netflix

Posso estar sendo pessoal demais, mas a série realmente dialogou com os meus interesses pessoais e com o que eu estou sentindo no momento, favorecendo a minha interpretação e análise da própria. Mesmo enquanto leio o livro e encontro algumas divergências consigo ver como elas foram positivas e proveitosas para o roteiro do filme, resultando em uma excelente — embora não completamente fiel — versão de seu trabalho original. O que, para mim, são as melhores adaptações: gosto de ver as sutis diferenças quando elas funcionam tão bem quanto o enredo de origem.

Gostou da série? Tenho certeza que você também vai adorar ler o livro "O Caderninho de Desafios de Dash & Lily", que inspirou a produção da Netflix. Vale lembrar que compras realizadas pelos links publicados aqui no Elfo Livre ajudam o blog a se manter no ar sem que você gaste um centavo a mais por isso. Por favor, considere! 
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