O livro Shine, da Jessica Jung, foi uma verdadeira aula sobre os bastidores do k-pop e até mesmo da língua coreana, como já vimos aqui no Elfo Livre, mas a obra também rendeu uma grandiosa lição sobre a gastronomia do país.
A protagonista de Shine, Rachel, é apreciadora de um bom prato de comida e diversas tentações da culinária coreana são citadas ao longo do livro. Muitas delas ainda são desconhecidas pelo público brasileiro então, logo abaixo, apresento um pouquinho mais sobre essas delicias de dar água na boca:
Foto: Wikimedia Commons
Hotteok (호떡): é uma panqueca doce geralmente recheada com nozes ou amendoim. É consumida principalmente durante o inverno e vendida nas ruas, em barracas ou carrinhos, embora também possa ser preparada em casa — e os mercados até vendem misturas prontas para facilitar seu preparo, tipo bolo de caixinha.
Foto: hanyangmart.com
Shin Ramyun (신라면): o Shin Ramyun é um dos miojos mais populares da marca Nongshim, líder do mercado de comida instantânea. Seu sucesso é tamanho que pode ser encontrado a venda em mais de 100 países ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Existem várias versões do produto, incluindo sabores extremamente apimentados ou de preparo ainda mais rápido, diretamente no copo.
Foto: Wikimedia Commons
Banchan (반찬): se você assiste aos k-dramas já deve ter reparado na fartura que são as refeições coreanas, sempre com diversos pratinhos de acompanhamentos. Esses pratos são chamados de "banchan", literalmente "acompanhamento", e acompanham o arroz na gastronomia coreana. Kimchi, legumes cozidos e caldo temperado são alguns dos pratos mais populares que integram o banchan.
Daikon kimchi: Você já conhece o kimchi, o popular alimento fermentado que é a base da alimentação coreana, consumido nas três refeições diárias. Embora a versão mais popular do kimchi seja feita de acelga, existe também a versão com daikon, o rabanete branco. Esse tipo de Kimchi também se chama kkakdugi (깍두기).
Foto: Pixabay
Yangnyeom chicken (양념치킨): é uma das inúmeras variedades de frango frito existentes na Coreia do Sul. Essa versão é temperada com molho doce e picante de gochujang (pimenta coreana), alho, açúcar e outras especiarias a gosto. Embora aqui no Brasil o frango frito seja um acompanhamento para o arroz, na Coreia ele é um anju (안주), lanchinho/aperitivo geralmente apreciado com cerveja ou outras bebidas.
Foto: Pixabay
Patbingsu (팥빙수): popular sobremesa de gelo raspado com cobertura doce. A cobertura geralmente inclui frutas , leite condensada e... doce de feijão vermelho. Ok, doce de feijão pode não parecer uma ideia muito boa para os brasileiros, mas é bem comum na Coreia e no Japão.
Foto: Pixabay
Kimbap (김밥): o kimbap é uma versão coreana do sushi, introduzido na alimentação da Coreia do Sul durante a ocupação japonesa e, embora muito semelhantes, os pratos não devem ser confundidos. Kimbap é feito de arroz cozido (bap), recheado com ingredientes diversos e enrolados em algas secas (kim), mas geralmente não leva peixe cru, como o sushi, mas sim presunto, carne ou eomuk (bolo de peixe).
Foto: Pixabay
Dakgalbi (닭갈비): mais uma das variedades de frango frito da Coreia do Sul, embora essa seja uma receita bem mais caseira que a anterior, que costuma ser vendida em redes de fast-food. O dakgalbi é um frango marinado em cubos no molho à base de gochujang, costuma acompanhar batata doce, couve, tteok (bolo de arroz) e outros ingredientes a gosto.
Foto: Wikimedia Commons
Tteokbokki (떡볶이): o tteok (떡) é uma massa/bolinho de arroz muito popular na alimentação coreana e usada em diversos pratos, sendo o mais popular o tteokbokki. Nele, a massa de arroz ganha um molo de gochujang e pode ser acompanhado de eomuk, ovos cozidos, salsicha, macarrão instantâneo e queijo.
Foto: Pixabay
Boricha (보리차): também conhecido como "orzo", é um chá de cevada muito comum no Leste Asiático. O boricha tem se tornado muito popular no mundo.
Foto: Naver
Hallabong (한라봉): espécie de laranja/tangerina da ilha de Jeju e seu sabor é descrito como uma o de laranja bem doce. Sua origem é japonesa, chamada de dekopon, sendo uma mistura entre as frutas kiyomi e ponkan. Essa fruta curiosa também pode ser encontrada no estado de São Paulo pelo nome de Kinsei.
Foto: Wikimedia Commons
Gogi (고기): literalmente "carne". Os cortes coreanos são bem mais musculosos e finos do que os típicos "bifes" que consumimos aqui no Brasil. Suas duas formas mais comuns de consumo são como bulgogi (불고기), marinada em molho de soja e gergelim, ou como churrasco. Ao contrário das churrasqueiras brasileiras, por lá o churrasco é feito em pequenas grelhas elétricas que ficam na mesa. Como a carne é bem fina, basta uma grelhadinha rápida que já está pronta para o consumo.
Foto: Wikimedia Commons
Odeng (오뎅): outro nome para o eomuk (어묵), o bolo de peixe que já foi brevemente citado em diversas receitas dessa lista. Trata-se de uma massa feita à base de peixe, lula e camarão, batidos com outros ingredientes até criar uma massinha que pode ser frita ou cozida. Como comida de rua, aparece também em espetinhos com ou sem molho. Versões prontas no estilo "salsicha" também são vendidas nos mercados, facilitando seu consumo.
Foto: Wikimedia Commons
Soju (소주): bebida destilada, transparente, de baixo preço e alto teor alcoólico, que varia de 16,8% a 53%. Sua base mais comum é de arroz, mas produtores mais modernos também estão fazendo soju de outros ingredientes, como batata-doce. Versões adocicadas, misturada com frutas, também já são encontradas com facilidade no mercado coreano.
Foto: Pixabay
Naengmyeon (냉면): literalmente "macarrão frio". É uma sopa de espaguete de massa mais escura, comumente servida em um caldo frio de carne de vaca. Pode acompanhar fatias de carne, pepino e ovo. A receita é tão popular que tem até música sobre esse macarrão, e a Jessica Jung a cantou em um programa televisivo anos atrás:
Já experimentou algum desses pratos coreanos?
Ao adquirir o livro pelo link acima você ajuda o Elfo Livre a se manter no ar ❤
0 Comentários