Romantic Killer é o mais novo anime da Netflix. Lançado no dia 27 de outubro pela plataforma de streaming, o projeto é uma adaptação do mangá de Wataru Momose publicado na Shonen Jump+ da Shueisha, mas será que vale a pena assistir?
O anime conta a história Anzu Hoshino, uma estudante do ensino médio que vive por videogames, chocolate e seu gato Momohiki, deixando de lado qualquer chance que teria de viver um romance. No entanto, ela acaba se vendo dentro de um Otome Game da vida real quando se transforma na primeira cobaia de um projeto que tem como objetivo fazê-la se apaixonar.
Quem a ajudará nesse projeto é Riri, uma criatura mágica irritante que confisca tudo aquilo que Anzu ama para fazê-la focar em sua missão. Embora inicialmente a garota odeie a ideia, logo perceberá que se ver cercada de "ikemen" não é algo tão ruim assim, apesar das encrencas em que acabará se envolvendo devido ao projeto.
Na primeira temporada conhecemos três possíveis pretendentes de Anzu: Tsukasa, o garoto mais popular e inteligente da escola, porém fechado para o amor; Junta, um amigo de infância que tem uma queda de longa data por Anzu; e Hijiri, um cara rico e mal educado que não aceita ser rejeitado pela garota e passa a persegui-la.
Seguindo a fórmula dos Otome Games, como são chamados os jogos de namoro voltados para o público feminino, as intervenções de Riri criam na vida de Anzu cenas surreais dignas do roteiro de um jogo de qualidade questionável, com amigos de infância que ressurgem do nada, stalkers estranhas, acidentes absurdos e outras situações bizarras que fogem do controle da protagonista.
No entanto, Anzu não aceita se transformar em uma mocinha indefesa ou vítima desse jogo da vida real, assumindo uma posição de anti-heroína ao tentar lutar contra as regras e jogar à sua própria maneira, ainda que isso ainda acabe levando-a diretamente para o mesmo objetivo: o romance. Enquanto finge driblar o jogo de Riri, Anzu não percebe que se aproxima de seus potenciais românticos e começa a desenvolver sentimentos por eles.
Com as personalidades distintas dos três rapazes que são forçados pela criatura mágica a entrarem neste jogo, o espectador é convidado a escolher o seu próprio pretendente preferido enquanto assiste ao anime — ainda que, ao contrário de um Otome Game de verdade, a série não nos dê a opção de interagir com os personagens e escolher o destino da protagonista.
Mesmo assim, não há o sentimento de impotência frente aos eventos, principalmente conforme Anzu retoma as rédeas de sua própria vida e as intervenções de Riri ficam menores e menos frequentes — o que também pode ser apenas um reflexo da minha birra com a batata mágica, já que essa criatura me irritou profundamente desde o primeiro episódio.
Com direção de Kazuya Ichikawa, design de personagem de Arisa Matsuura e produção da animação assinada por domerica, Romantic Killer também ganha pontos por seu visual interessante. A expressividade de Anzu dá pontos ao time de ilustradores e animadores, que mostram sua criatividade nas caras, bocas e penteados da personagem esquentadinha.
As cenas retiradas do Otome Game podem parecer toscas, com seu estilo quadrado a la The Sims 2, mas fazem jus se levar em consideração que o jogo é para ser considerado ruim e antiquado, como a própria Anzu discute no episódio inicial. Mesmo quando tenta ser ruim, Romantic Killer consegue ser bom.
E só para responder a pergunta do título de forma objetiva: sim, vale muito a pena ver esse novo anime da Netflix! A primeira temporada de Romantic Killer já está completa na plataforma de streaming, com 12 episódios nas opções dublado e legendado. Embora o episódio final deixe no ar a possibilidade de uma segunda temporada, nada foi confirmado até o momento.
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