The Moon: Sobrevivente chegou aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira, 17 de janeiro de 2025, com distribuição da Sato Company. Dirigido por Kim Yong Hwa, o novo filme coreano de ficção-científica é regado a muito drama e suspense conforme acompanha o resgate quase impossível de um astronauta na lua. Mas será que vale a pena assistir?
Ambientado no ano de 2029, a corrida espacial continua e a Coreia do Sul está prestes a fazer história. No entanto, a nave enviada para explorar a Lua é atingida por uma explosão solar e dois astronautas morrem, deixando apenas um sobrevivente na nave danificada. Hwang Sun Woo, interpretado pelo astro do k-pop D.O do grupo EXO, terá que contar com a ajuda de seus colegas na Terra para conseguir voltar para casa.
O filme ganha uma camada extra de drama quando a equipe de resgate passa a ser liderada por Kim Jae Gook (Sul Kyun Gu, do filme Memórias de um Assassino), que anos antes esteve envolvido em uma missão espacial parecida que custou a vida de uma tripulação inteira, incluindo o pai de Hwang. Para Kim, essa é a sua chance de se redimir pelos erros do passado.
O diretor, que também assina o roteiro de The Moon: Sobrevivente, explica sua intenção: "Eu queria criar um filme que não apenas demonstrasse excelência técnica, mas também trouxesse uma profundidade emocional e acredito que o cinema coreano cresceu o suficiente para se diferenciar de muitos outros filmes com temática espacial."
Parte deste drma, aliás, é bem-sucedido graças à brilhante atuação de D.O - nome artístico de Do Kyungsoo -, cantor e ator. Graças a sua performance neste projeto, o astro foi indicado ao Grand Bell Awards, sendo mais uma vez reconhecido pela qualidade de seu trabalho em meio a uma indústria cinematográfica onde idols ainda são mal vistos.
Seu personagem, Hwang Sun Woo, tem características extremamente humanas: mesmo com a própria vida em perigo ele pensa, sobretudo, no outro - em levar os pertences de seus colegas de volta à Terra ou se sacrificar como forma de pagar pelos pecados do pai. Sua atuação não precisa de grandes acessórios, capaz de envolver o público mesmo em um cenário limitado, sendo grande parte de suas cenas ambientadas no espaço ínfimo do módulo de comando da aeronave.
Nas cenas ambientadas na Lua, o cinema coreano dá aula de efeitos especiais. "Ao construirmos cuidadosamente cada elemento, a qualidade geral aumenta da mesma forma. Seja uma peça de roupa ou um acessório, a intenção era criar objetos físicos reais e colaborar com os efeitos visuais. Quando você examina cada detalhe, não há nenhuma sensação de disparidade entre o filme e a realidade", disse o cineasta.
O roteiro, por sua vez, também tenta se aproximar dessa realidade ao buscar o máximo de precisão cientifica possível para um filme de ficção e suspense - embora seja inegável que algumas situações apelam muito para o drama, com uma sequência de tragédias para aumentar a tensão do espectador. No entanto, mesmo com seus momentos de "marmelada", o filme é extremamente fiel ao seu propósito de manter o espectador vidrado do início ao fim.
Nota final: ★★★★☆
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